O currículum vitae (CV) é a primeira carta de apresentação que uma empresa tem do trabalhador. Por isso, um CV bem elaborado e enviado de maneira adequada pode causar uma excelente primeira impressão e abrir as portas a uma entrevista. Agora bem, resulta mais que evidente que pára que uma empresa receba o currículum de alguém, primeiro deve ter sido enviado. E, nos últimos dias, o Instituto Nacional de Ciberseguridad (INCIBE) tem alertado de uma nova fraude na que uma falsa empresa diz o ter recebido.
"Detectaram-se numerosas tentativas de fraude que se fazem passar por departamentos de recursos humanos de empresas, em ocasiões conhecidas, nos que se oferece um trabalho com muito boas condições e bem remunerado", explica o Incibe.
Roubar teus dados pessoais
Segundo alertam, os ciberdelincuentes contactam com suas vítimas potenciais por diferentes vias, como o correio eletrónico, as mensagens de texto ou directamente os telefonemas telefónicos. Seja como for, o objectivo último dos estafadores é tentar roubar dados pessoais, ainda que o Incibe não descarta que em alguns casos tentem obter um benefício económico.
"Se têm tentado contactar contigo, com a desculpa de te oferecer uma oportunidade trabalhista suspeita, se recomenda estar alerta e não proporcionar dados pessoais se não se está seguro da legitimidade da oferta, nem responder à oferta baixo nenhum conceito", recomenda o Incibe. De facto, aconselham eliminar a mensagem, bloquear o contacto e reportá-lo como spam. Chegado o caso, também não está a mais informar à empresa suplantada.
Cuidado com estas mensagens
O correio eletrónico fraudulento começa com o estafador apresentando-se como um empregado de recursos humanos da companhia à que está suplantando. Para ganhar-se a confiança de sua vítima, assegura ter revisado sua currículum e, a seguir, oferece-lhe um salário muito elevado sem demasiados requerimentos. Como se costuma dizer, é demasiado bom para ser real.
Ademais, a direcção de correio eletrónico do remitente não parece oficial, o que deveria fazer saltar todos os alarmes. Outro indício que deveria fazer suspeitar aos receptores da mensagem é que o mesmo inclui algumas erratas.
Informação pessoal
Os estafadores também pedem à vítima fotos do RG ou NIE e o número de telefone. Ademais, o tom que empregam é de urgência, já que procuram que o receptor actue sem lhe dar demasiadas voltas ao assunto.
Uma mensagem similar também está a circular pelos aplicativos de transportadora instantânea como WhatsApp. Quanto aos telefonemas telefónicos, costumam ser locuções automáticas de uns poucos segundos nas que o estafador se identifica como um empregado do departamento de recursos humanos de certa empresa. Depois de apresentar-se, pede à vítima que se ponha em contacto com eles.
Que fazer se tens caído na fraude
Em caso de ter respondido à mensagem facilitando informação pessoal ou bancária, o Incibe recomenda recopilar as evidências (por exemplo, com capturas de ecrã) e contactar com as Forças e Corpos de Segurança do Estado para apresentar a correspondente denúncia. Estes são seus outros conselhos:
- Nos próximos meses, recomendamos-te que pratiques egosurfing para verificar que tua informação pessoal não se tenha visto filtrada na Rede.
- Se efectuou-se o pagamento de alguma quantia económica, dever-se-á contactar com a entidade emissora para que possam bloquear qualquer transferência.
- O phishing é um das fraudes mais estendidas e que mais afecta a empresas de todos os tamanhos e sectores. Ademais, existem variantes que utilizam as mensagens ou os telefonemas telefónicos para enganar a suas vítimas. Aprende a detectá-lo e não mordas o anzol.