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'Scareware', a ciberestafa do medo que a cada vez causa mais vítimas: como a evitar
Os ciberdelincuentes pressionam às vítimas enviando-lhes alertas falsas sobre supostas infecções de vírus nos dispositivos
No mundo digital, as fraudes converteram-se numa ameaça constante. Os ciberdelincuentes aperfeiçoam continuamente seus métodos para enganar às vítimas aproveitando a crescente dependência da tecnologia. Só em Espanha, os ciberataques têm registado um aumento significativo de 24% entre 2022 e 2023, superando os 83.000 incidentes de ciberseguridad. Assim o confirmam os dados do Balanço de Ciberseguridad do Instituto Nacional de Ciberseguridad (Incibe).
Entre as tácticas em auge destaca o scareware. Esta ciberestafa utiliza a intimidação para enganar às vítimas. Os hackers geram medo mediante mensagens falsos que alertam sobre supostas infecções de vírus no dispositivo.
'Scareware': que é e como funciona
O scareware é uma técnica que utiliza a psicologia do medo para manipular aos utentes. Através de notificações alarmantes, os ciberdelincuentes fazem crer às vítimas que seus telefones móveis ou computadores estão infectados com um vírus. Desta forma, conseguem gerar uma sensação de urgência que impulsiona aos utentes a actuar de forma precipitada.
Jordi Serra, professor e experiente em informática da Universidade Aberta de Cataluña (UOC), adverte de que se trata de um software malicioso. De facto, costuma aparecer em forma de janelas emergentes, alertas falsas ou anúncios que simulam ser antivírus legítimos.
Roubo de dados bancários
O scareware tem como objectivo persuadir aos utentes para que comprem um programa, descarreguem uma ferramenta ou compartilhem informação sensível, como dados bancários, baixo a falsa promessa de solucionar um problema inexistente em seus dispositivos.
Esta modalidade de ciberataque é especialmente singular porque é a própria vítima quem instala voluntariamente o software malicioso, permitindo ao ciberdelincuente aceder a sua informação pessoal. "É um ataque baseado em engenharia social", explica Albert Jové, experiente em informática da UOC. "Procura 'assustar' à vítima, gerando uma sensação de urgência que lhe impede reflexionar dantes de actuar", acrescenta.
Conselhos para proteger-se do 'scareware'
Espanha é um dos países que mais ciberataques sofre. Desde 2015, um milhão de pessoas são vítimas a cada dia de um ciberataque de tipo scareware no mundo, segundo dados da Weber State University de Utah (EEUU) e recolhidos pela citada universidade.
Assim, se proteger do scareware requer uma combinação de precaução, sentido comum e ferramentas de segurança. Para evitar cair nesta fraude recomenda-se:
- Desconfíar de alerta-las inesperadas: se aparece uma janela emergente ou uma mensagem que afirma que teu dispositivo está infectado ou em risco, não actues precipitadamente. O antivírus legítimos rara vez enviam mensagens alarmantes através do navegador ou de anúncios site.
- Não clicar em enlaces suspeitos: evita interatuar com janelas emergentes ou mensagens que solicitem descargas, pagamentos imediatos ou dados pessoais. Se tens dúvidas, fecha o navegador ou a mensagem directamente.
- Manter actualizado o software de segurança: instala um antivírus de confiança e assegura-te de que esteja actualizado. Este tipo de ferramentas pode bloquear o acesso a lugares site maliciosos e detectar possíveis ameaças.
- Usar navegadores seguros e actualizados: os navegadores modernos costumam incluir filtros para evitar janelas emergentes suspeitas e bloquear conteúdo malicioso.
- Confirmar a legitimidade das mensagens: se recebes uma alerta de segurança, verifica directamente com o fabricante do software ou utiliza teu programa antivírus para realizar uma análise completa do sistema. Nunca descarregues programas desde enlaces não oficiais.
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