Desde 2018, Glovo cobra um suplemento de 2,99 euros por mau tempo. Em teoria, este cargo adicional é um "extra para o repartidor pelo mau tempo", declara a empresa de serviço a domicílio. Mas o verdadeiro é que "ao repartidor lhe dão em torno do 30%", tal e como asseguraram dois riders a este meio.
Por conseguinte, trata-se de um recarrego polémico pelo falso altruismo de Glovo, mas também porque as condições climatológicas às vezes não são tão adversas como pretente vender a plataforma de delivery para se levar o suplemento.
Glovo cobra o suplemento por mau tempo "um dia soleado"
"Cobraram-me 3 euros de recarrego por mau tempo um dia soleado…acojonante!". Assim começa a queixa de Miguel, sobre o suposto abuso de Glovo, na página de reseñas Trustpilot.
"Em cima chamo e dizem-me que o cobram por se o tempo muda enquanto entregam o pedido", assegura Miguel, quem acrescenta: "a mim me cobraram 3 euros miseráveis, mas se o multiplicam por todos aos que fá-lho-ão, pois façam contas… Panda de ladrões!".
Outros casos
O caso que relata Miguel não é o primeiro no que Glovo, uma empresa que acumula multas milionárias por empregar a milhares de falsos autónomos, sai malparada.
Já em 2021, uma utente denunciou publicamente que Glovo lhe tinha cobrado 2,5 euros por chuva quando as condições metereológicas "eram óptimas", tal e como acreditou com uma imagem de Google na que se apreciava a inexistência de chuva, nevoeiro, neve nem também não fortes ventos.
A 'Lei Rider' européia
A princípios de março de 2024, a União Européia aprovou a 'Lei Rider' européia que permitirá pôr fim aos falsos autónomos e criar igualdade de condições em todos os operadores do sector do delivery.
Esta lei procura aclarar o status trabalhista dos trabalhadores de plataformas de partilha a domicílio como Uber Eats, Just Eat, Glovo ou Deliveroo, a fim de corrigir o falso trabalho por conta própria para garantir umas melhores condições trabalhistas.