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O recarrego de Glovo por mau tempo nos dias soleados: "Cobram-no por se muda o tempo"

A plataforma de serviço a domicílio cobra um suplemento de 2,99 euros quando as condições climatológicas são adversas, ainda que às vezes seja mais que discutível

Teo Camino

Un repartidor de Glovo en bicicleta PEXELS

Desde 2018, Glovo cobra um suplemento de 2,99 euros por mau tempo. Em teoria, este cargo adicional é um "extra para o repartidor pelo mau tempo", declara a empresa de serviço a domicílio. Mas o verdadeiro é que "ao repartidor lhe dão em torno do 30%", tal e como asseguraram dois riders a este meio.

Por conseguinte, trata-se de um recarrego polémico pelo falso altruismo de Glovo, mas também porque as condições climatológicas às vezes não são tão adversas como pretente vender a plataforma de delivery para se levar o suplemento.

Glovo cobra o suplemento por mau tempo "um dia soleado"

"Cobraram-me 3 euros de recarrego por mau tempo um dia soleado…acojonante!". Assim começa a queixa de Miguel, sobre o suposto abuso de Glovo, na página de reseñas Trustpilot.

"Em cima chamo e dizem-me que o cobram por se o tempo muda enquanto entregam o pedido", assegura Miguel, quem acrescenta: "a mim me cobraram 3 euros miseráveis, mas se o multiplicam por todos aos que fá-lho-ão, pois façam contas… Panda de ladrões!".

Outros casos

O caso que relata Miguel não é o primeiro no que Glovo, uma empresa que acumula multas milionárias por empregar a milhares de falsos autónomos, sai malparada.

Sacha Michaud, cofundador de Glovo / GLOVO

Já em 2021, uma utente denunciou publicamente que Glovo lhe tinha cobrado 2,5 euros por chuva quando as condições metereológicas "eram óptimas", tal e como acreditou com uma imagem de Google na que se apreciava a inexistência de chuva, nevoeiro, neve nem também não fortes ventos.

A 'Lei Rider' européia

A princípios de março de 2024, a União Européia aprovou a 'Lei Rider' européia que permitirá pôr fim aos falsos autónomos e criar igualdade de condições em todos os operadores do sector do delivery.

Esta lei procura aclarar o status trabalhista dos trabalhadores de plataformas de partilha a domicílio como Uber Eats, Just Eat, Glovo ou Deliveroo, a fim de corrigir o falso trabalho por conta própria para garantir umas melhores condições trabalhistas.