0 comentários
"Poderia ter-me ficado sem carro": a rejeição de clientes a Norauto
A companhia especializada no equipamento e manutenção do automóvel recebe críticas por demoras em cita-las, problemas de qualidade e danos colaterales
Norauto, a companhia especializada no equipamento e manutenção do automóvel? Um serviço do que clientes escapam.
"Quando recolhi o carro depois de uma revisão em Norauto me deixaram a tampa de filtros aberta", relata Alberto Mártinez a Consumidor Global. "Dias mais tarde, durante uma viagem longa, notei algo raro e o levei a um mecânico onde me explicaram que o cano que tampa a entrada do motor estava mau colocado. Poderia ter entrado areia ou uma pedra, e isso teria reventado o motor. Poderia ter-me ficado sem carro", conta.
Outro cliente de Norauto menos
A R. G. citaram-lhe desde a companhia duas vezes para uma mudança de pneus e, em ambas ocasiões, ao chegar não os tinham. "No primeiro dia fizeram-me esperar uma hora e meia para dizer-mo", assegura. A perda de tempo foi tal que optou por pedir a devolução e deixar uma folha de reclamações. "Dois dias atirados ao lixo", acrescenta.
Por sua vez, Carlos Gómez sim que conseguiu mudar dois pneus com Norauto. "Mas romperam-me um sensor de pressão da roda. Ao final tive que ir ao concesionario e pagar o reparo porque o que fizeram na empresa foi uma chapuza que não funcionava ainda por cima o sabiam. Saiu-me a mudança de pneus pelo duplo de dinheiro. Eu não voltarei jamais", assegura.
Perda de dinheiro e tempo
Aitor Zárate descreve uma "experiência nefasta" depois de ir a Norauto para a mudança de pneus. "Demoram mais de três horas em mudar umas rodas sem fazer paralelo nem nada. Só montar e equilibrar. E entregam-te o carro com os aros pringadas, a alfombrilla do condutor manchada de gordura e o pomo e volante pegajosos", explica. Ademais, perdeu um bono de combustível promocional por um erro na factura, sem que Norauto acedesse ao rectificar.
Denny Sandino, depois de pagar 850 euros pela mudança de correia de distribuição e discos de travão, encontrou-se com um problema insólito. "Ao dia seguinte começaram a saltar sensores de alerta. Levei-o em grúa e, um mês depois, o chefe de oficina diz-me que fizeram o que puderam, mas que o carro não vai e que peça cita em dois meses porque não têm cota. Meu carro levava um mês em sua oficina!", denúncia. Finalmente, teve que transladar a outra oficina, novamente em grúa.
Norauto defende-se
Ante estas e outras queixas, Norauto tem oferecido a Consumidor Global sua postura oficial. "Nossa prioridade é atender à cada cliente com a máxima celeridade e dedicação possíveis, considerando sempre a individualidad da cada caso. Trabalhamos continuamente em reforçar protocolos de comunicação, melhorar a disponibilidade de peças e garantir que os veículos se entreguem em perfeitas condições depois da cada intervenção", assinala.
Quanto a demora-las em citas e a falta de peças, a companhia assegura estar a reforçar a coordenação com provedores e clientes. Com respeito a problemas de qualidade em reparos, sublinham que "a equipa técnica revisa a cada caso em detalhe, oferecendo soluções rápidas e adequadas". Assim mesmo, afirmam ter implementado programas de formação para suas equipas e auditorias regulares para identificar áreas de melhora.
Em procura de qualidade e profissionalidade
Norauto também reconhece as queixas por danos colaterales em veículos e assegura que se reforçaram os controles de qualidade depois da cada intervenção. "Confiamos em que estas medidas seguam contribuindo a reforçar a satisfação de nossos clientes", conclui a representante.
Ainda que é normal que as empresas grandes enfrentem críticas, o volume e a natureza das queixas contra Norauto põem em entredicho sua capacidade para garantir serviços mecânicos básicos. É esta uma crise passageira ou um reflexo de problemas estruturais mais profundos? Por agora, a resposta de muitos clientes parece clara: procuram alternativas onde a qualidade e a profissionalidade estejam garantidas.
Desbloquear para comentar