"Comprei um cartão gráfico em Coolmod por 2.300 euros. E está usada!", detona sua queixa um cliente, que prefere não revelar seu nome baixo o pseudónimo Wisepds. O utente deu-se conta de que o produto já tinha sido utilizado anteriormente quando, ao realizar o unboxing, gravou como o pacote não estava adequadamente precintado. Imediatamente contactou com a loja especializada em venda on-line de componentes informáticos.
"Falei com eles telefonicamente. O garoto que me atendeu amavelmente me comunicou que pedem os cartões gráficos a Asus e que já vêm precintadas", começa a relatar o agraviado. "Por suposto, disse-lhe que não me achava que revisassem o pedido se, ademais, o selo rompido se vê desde seis quilómetros", rememora suas palavras durante o telefonema.
"Alguém vê que ponha que está reacondicionado?"
"Agora me toca a devolver, que lhes chegue bem e depois esperar uns cinco ou sete dias para o reembolso", comenta com mal-estar o cliente. Ante a exasperación, Wisepds publicou nas redes sociais, concretamente em X (antigo Twitter), o vídeo gravado do unboxing onde se reflete que o produto já estava usado. "Alguém vê que ponha que está reacondicionado? A que não?", aviva o afectado.
A publicação foi acumulando gosto, de comentários, e compartilhados voltando-se a cada vez mais viral, o que fez que o utente começasse a emitir mais detalhes sobre o pedido. "Fixando-me mais, o produto não traz nem os plásticos da VGA (Video Graphics Array), nem sequer o protector do PCI (Peripheral Component Interconnect). Vá despropósito, é que nem a vou provar", comunica.
O dono de Coolmod contacta-o por WhatsApp
Tal foi a repercussão nas redes sociais que a Wisepds lhe chegou uma noite, às 00.00 horas, uma suposta mensagem de Francisco Fábregas Sánchez, o dono de Coolmod. "Olá. Importa-te que te escreva por aqui? Sou Francisco Fábregas. Agora não tenho acesso a teu mail. Vou dormir-me, mas amanhã solucionar-te-emos isto como te mereces. Saudações e graças por tua confiança", pode-se ler numa captura publicada pelo utente.
"Saber meu nome e meu telefone não é complicado, pelo que sou cauto", sublinha o cliente sobre sua impressão ao receber esta mensagem e acrescenta que como informático não se fia "nem de sua sombra". Não obstante, ao dia seguinte quando pôde falar com o remitente daquela mensagem, pôde comprovar que efectivamente se tratava do CEO de Coolmod.
Uma desculpa, por pressão?
"O director desculpou-se pelo ocorrido e ofereceu-se a solucionar tudo isto com a maior brevedad. Um gesto nobre por sua vez. A verdade é que o trato tem sido muito bom quanto a atenção, ainda que gostaria de saber se tivesse sido igual sem fazer tanto ruído", reflexiona Wisepds sobre a repercussão que tem tido sua publicação nas redes sociais, uma questão da que tem recebido em maior medida respostas negativas.
Consumidor Global pôs-se em contacto com Coolmod para conhecer sua versão dos factos. "Este cliente recebeu por erro um produto do armazém de reacondicionados em lugar de um produto novo", reconhece a empresa. "Depois de recebê-lo pôs-se em contacto conosco pouco depois e se lhe comunicou desde atenção ao cliente que registasse a incidência para deixar constancia", comunicam.
Uma crise reputacional considerável
"Reservamos uma nova (é um produto com um estoque muito baixo) para não nos ficar sem existências", declaram desde Coolmod. "O utente publicou nas redes sociais o acontecido, quase imediatamente após falar conosco apesar de lhe informar que lhe íamos repor o produto à maior brevedad. Isto teria sido assim tanto se publica como se não. Desgraçadamente publicou o tuit e isto tem provocado uma crise reputacional considerável", confirmam.
"Coolmod tem uma dilatada experiência no sector, mais de 20 anos respaldam-nos, somos um referente na venda on-line de componentes informáticos e antepomos a satisfação do cliente em todo momento", defendem. "Isto tem sido oun desafortunado incidente e se está a revisar o procedimento para mitigar este tipo de erros para que não se repita. Entendemos a frustración do cliente, mas se tivesse tido um pouco de paciência tivesse-se-lhe resolvido igualmente", concluem.