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Fraudes no Booking: o guia definitivo para não cair na fraude da reserva cancelada

Os especialistas recomendam extrema cautela, mas no caso de uma pessoa cair no esquema, tanto a plataforma como o alojamento devem ser objeto de queixa.

Um cibercriminoso a roubar no Booking / CG Photomontage
Um cibercriminoso a roubar no Booking / CG Photomontage

Booking é uma das agências de viagens on-ine mais utilizadas em todo mundo. Os cibercriminosos sabem-no e aproveitam qualquer fisura para tentar roubar os utilizadores.

A lista de fraudes é extensa. Alguns exemplos são os telefonemas fazendo-se passar pela Booking, alojamentos que aparecem no site e não existem ou os e-mails fraudulentos em nome da plataforma.

A fraude da reserva cancelada

Este verão, os cibercriminosos estão a realizar muitas fraudes relacionadas com as reservas de hotéis emnaBooking. As vítimas recebem uma mensagem aparentemente da companhia na qual lhes informam que a reserva do alojamento foi cancelada por um problema com o cartão de crédito.

Un usuario hace una reserva en Booking / FREEPIK
Um utilizador faz uma reserva na Booking / FREEPIK

Por trás desta notificação esconde-se um cibercriminoso que está a usurpar a identidade do hotel. O objectivo é roubar dinheiro da conta bancária. Para isso, os hackers facilitam um link malicioso que conduz a um site quase idêntico ao da Booking e solicitam informação bancária.

Que fazer quando te defraudam na Booking?

Quando se produz uma fraude através da Booking, entram em jogo muitos factores. Samuel Parra, advogado especializado em cibersegurança e tecnologia, explica a este meio que o primeiro é averiguar a origem da fraude.

Una sede de Booking / UNSPLASH
Uma sede da Booking / UNSPLASH

Se a falha provem da Booking, a agência de viagens deve responder. Se produz-se por uma fisura digital do hotel, este tem que assumir responsabilidades. Não obstante, é muito difícil averiguar a procedência do erro de segurança. É por isso que, em caso de fraude, o jurista recomenda reclamar tanto ao hotel como à companhia. Agora bem, se se demonstra que o erro é do utilizador (uma filtragem do seu correio electrónico, por exemplo), nem a plataforma nem o alojamento se responsabilizam.

A responsabilidade do utilizador

Pode ser que os cibercriminosos roubem o cartão de crédito mas não cheguem a fazer nenhum pagamento graças ao factor de dupla autenticação, um requisito imprescindível para compras de quantias elevadas como pagar umas férias através da Booking.

Nestes casos, recomenda-se não autorizar operações bancárias e mais ainda se não são os internautas quem as estão a realizar. É crucial para poder exigir responsabilidades à Booking, ao hotel ou ao banco. Parra sublinha que se se demonstra que o phishing é demasiado óbvio e mesmo assim o internauta cai, este perde as possibilidades de recuperar o dinheiro. "Má sorte", enfatiza.

Un ciberdelincuente recopila los datos de una víctima / UNSPLASH
Um cibercriminoso recolhe os dados de uma vítima / UNSPLASH

Exigir danos e prejuízos à Booking

Imaginemos que uma pessoa é vítima de uma fraude na Booking e os hackers conseguem roubar 1.000 euros do cartão bancário sem permissão prévia do internauta.

Então "temos dois sujeitos responsáveis, o banco e Booking", explica Parra. "A entidade bancária pode ser condenada a devolver o dinheiro e à agência de viagens podes-lhe exigir como danos e prejuízos que te devolva o dinheiro", recalça.

Que fazer se te defraudam na Booking: passo a passo

Se uma pessoa é brulada na Booking, o primeiro passo é reclamar à plataforma e ao alojamento. O segundo passo é guardar toda a documentação que demonstra a fraude (mensagens, capturas de ecrãs, recibos…) e apresentar uma denúncia junto às autoridades. "Esta informação será crucial para apoiar o seu caso com a Booking.com ou qualquer outra entidade. 

Un dispositivo con la aplicación de Booking abierta / FABIAN SOMMER - DPA
Um dispositivo com a aplicação da Booking aberta / FABIAN SOMMER - DPA

Parra argumenta que, se tanto o hotel como a Booking fugirem às suas responsabilidades, a única saída é a via judicial. "Temos de intentar uma ação judicial contra a plataforma, o alojamento ou quem quer que seja e veremos quem foi o culpado", acrescenta. 

Como identificar uma fraude na Booking: cinco conselhos

Pablo F. Iglesias, consultor de Presença e Reputação On-line em Cyberbrainers.com, compartilha com a Consumidor Global cinco conselhos para evitar fraudes na Booking:

  1. Revê as avaliações e qualificações: as opiniões negativas recorrentes ou a falta de reviews podem ser sinais de alerta. As propriedades autênticas costumam ter múltiplas opiniões detalhadas e uma qualificação consistente.
  2. Utiliza apenas canais de comunicação oficiais: mantém toda a comunicação dentro da plataforma da Booking.com. Não te fies dos correios electrónicos ou mensagens fora da plataforma.
  3. Desconfia de ofertas demasiado boas: é melhor ser cauteloso com os preços extremamente baixos ou descontos incomuns sem uma razão aparente. Compara os preços com outros alojamentos similares.
  4. Verifica a autenticidade do proprietário: assegura-te de que o anfitrião esteja verificado pela Booking e revê o seu historial de comportamento na plataforma. Os proprietários verificados passam por processos de autenticação mais rigorosos, o que reduz o risco de fraude.
  5. Realiza pagamentos apenas através da plataforma: todos os pagamentos devem se realizar através dos métodos seguros proporcionados pela plataforma e nunca fora dela. Pagar através da agência implica que o dinheiro está protegido e que podes ter acesso a reembolsos e apoio em caso de problemas.
Una persona observa su ordenador y lee una falsa oferta de LinkedIn que resulta ser una estafa / FREEPIK
Uma pessoa é vítima de uma fraude da Booking / FREEPIK

Fraudes cada vez mais aperfeiçoadas

Apesar de todas as recomendações, é fácil cair nas fraudes da Booking. Os cibercriminosos conhecem as datas exactas da reserva, o número de pessoas e os serviços contratados. Basta oferecer algum dado real à vítima para que esta caia na armadilha.

O pior é a dificuldade para recuperar o dinheiro depois.

Na maior parte dos casos, as empresas desdenham, alegando que a falha de segurança não provém do seu sistema. No caso da fraude da reserva cancelada, a agência e os alojamentos negam a responsabilidade. Por seu lado, muitos cibercriminosos nem sequer se dão ao trabalho de entrar na conta bancária. Basta-lhes persuadir os consumidores até que estes acabem por pagar de boa vontade para não perderem a reserva.

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