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Preocupa-te onde podem acabar teus dados? Estes são os países que mais cuidam a ciberseguridad
Segundo o National CiberSecurity Index (NCSI), República Checa, Polónia e Bélgica situam-se à cabeça, enquanto, em outras listagens, Espanha se cuela no top
As brechas e filtragens de dados são, por desgraça, a cada vez mais frequentes. Nos últimos meses, grandes empresas como Dell, Vodafone, Carrefour, Air Europa ou Digi têm sofrido ataques deste tipo, o que significa que certa informação delicada, como nomes, direcções, números de telefone ou inclusive dados financeiros pode ter ficado exposta e, por tanto, em mãos de ciberdelincuentes.
Um dos últimos afectados é Tendam Brands S.A.Ou., proprietário de marcas como Women'secret, Springfield, Cortefiel ou Pedro do Ferro, que tem reconhecido recentemente que o ciberataque que sofreu o passado 5 de setembro supôs o acesso a certos dados pessoais dos membros de clubes de fidelidade do grupo, entre os que se encontra o RG.
Aumento de 28% a nível global
De facto, durante o primeiro trimestre de 2024, os ciberataques aumentaram em todo mundo um 28%, e tudo aponta a que a situação piorará em 2025, em parte graças ao desenvolvimento da inteligência artificial.
É uma das conclusões de um relatório sobre ciberseguridad publicado por OBS Business School, que recorda que os ciberincidentes não só impactam na actividade da própria organização e provocam perdas económicas, sina que também danificam a reputação cara aos clientes e ao mercado.
Phishing, o ataque mais frequente
Este estudo, dirigido pelo advogado especializado no sector das TIC Ramón Miralles, recolhe que o phishing através do correio eletrónico segue sendo o tipo de ciberataque mais habitual. Os dados são escalofriantes: a cada dia enviam-se ao redor de 3.400 milhões de correios eletrónicos com conteúdo malicioso. E, quando este tipo de ransomware atinge às companhias, a maioria opta por sacar a chequera: o 60% das empresas que os sofreram pagaram o resgate para recuperar os dados, segundo OBS.
Assim mesmo, o relatório prevê que os ciberdelincuentes seguam fazendo uso da engenharia social para desenvolver seus ataques, mas com maior grau de sofisticación, em particular no que se refere à suplantación de identidades.
Países mais protegidos
Os três países europeus com melhor nível de ciberseguridad são, segundo OBS, Reino Unido, Estónia e Espanha; enquanto à bicha encontram-se San Marinho, Andorra e Bósnia Herzegóvina.
Por outra parte, segundo o National CiberSecurity Index (NCSI), que classifica aos países em função de cinco indicadores chave (legal, técnico, organizacional, desenvolvimento de capacidades e cooperação), actualmente o país de África com o melhor índice de ciberseguridad é Marrocos (posição 20), seguido de Tunísia (posição 22) e Arábia Saudita (29). Com tudo, há que ter em conta que o NCSI tem a particularidade de se redefinir em tempo real, conquanto só analisa a informação de 53 países. Estes são os 10 países com maior ciberseguridad, segundo o NCSI:
Posição | País |
1 | República Checa |
2 | Polónia |
3 | Bélgica |
4 | Austrália |
5 | Estónia |
6 | Áustria |
7 | Estados Unidos |
8 | Moldávia |
9 | Canadá |
10 | Países Baixos |
Custo dos ciberataques
Pelo que respecta aos custos derivados dos ciberataques, o relatório de OBS admite que sua quantificação não está isenta de dificuldades, mas estima que o custo médio global de uma violação de dados experimentou um aumento de 4,24 milhões de dólares em 2021 a 4,35 milhões de dólares em 2022. Em 2024, esse custo médio tem passado de ser de 4,88 milhões de dólares.
Por outra parte, segundo Deloitte Insights, as organizações dedicam à ciberseguridad ao redor de 10,9% de seu orçamento de TI (isto é, a quantidade de dinheiro gastado em sistemas e serviços de tecnologia da informação). Isso significa que aproximadamente um 0,48% dos rendimentos das empresas se destina a ciberseguridad, ou em termos de custo por empregado, a média é de 2.700 dólares.
Recomendações
Estes são, segundo o Instituto Nacional de Ciberseguridad, os conselhos sobre ciberseguridad que todo mundo deveria ter em conta:
- Mantém actualizados dispositivos, programas e aplicativos
- Utiliza um antivírus para analisar os arquivos, descargas e qualquer informação alojada em teus dispositivos
- Melhora a segurança de tuas senhas e não utilizes a mesma para tudo
- Descarrega aplicativos de lugares seguros
- Navega por Internet de forma segura, protegendo tua privacidade e evitando deixar um rastro
- Protege a informação mediante cópias de segurança
- Tenta estar ao dia das principais ameaças que circulam pelo ciberespaço
- Não todo o que circula por Internet tem por que ser verdadeiro, vai a fontes fiáveis e contrasta a informação
- Utiliza os aplicativos de transportadora e as redes sociais de forma segura
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