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Espanha, o quinto país menos 'pirata' de Europa
A piratería geral estabiliza-se em torno de 10,2 acessos por utente de internet ao mês
Espanha é o quarto país europeu com menos acessos mensais a conteúdos ilícitos em internet com 8,5 acessos.
Uma cifra inferior à média européia, que se situa em 10,3, segundo um relatório do Escritório de Propriedade Intelectual da União Européia (Euipo).
O estudo
O estudo A vulneración dos direitos de autor em linha na União Européia: Cinema, Música, Publicações, Software e TV, 2017-2023 calcula a piratería fazendo um rastreamento do número de vezes que os utentes de internet dentre 15 e 74 anos acedem a conteúdos ilegais a cada mês.
O documento da Euipo, que revela que a piratería on-line se mantém em níveis altos em toda a União Européia, com 10 acessos por utente de internet, constata que os conteúdos televisivos representam a metade dos acessos dos internautas europeus a conteúdos pirateados (5 vezes ao mês).
Ranking: piratería por países
Em termos de piratería geral, os utentes de internet que acedem a conteúdos ilícitos em percentagens inferiores à média da UE procedem de Áustria (8,9), Espanha (8,5), Polónia (8,3), Romênia (7,9), Alemanha (7,7) e Itália (7,3), segundo o estudo.
O documento revela que o streaming é o método mais comum para aceder a contidos pirata.
Uma tendência "alarmante"
De facto, observou-se uma tendência "alarmante" em streaming ilegal, com um aumento de 10% em visitas a lugares site pirata de registro de televisão por protocolo de internet (IPTV) em 2023.
O estudo estima que até o 1% dos utentes de internet da UE poderiam se ter subscrito a serviços de IPTV ilegais em tão só dois anos, sem ter em conta aos utentes existentes que se subscreveram dantes de 2022.
Por que acedem à piratería?
Entre os factores que influem na piratería, se identificaram aspectos económicos e sociais como a desigualdade de rendimentos, o desemprego juvenil e a proporção de jovens na população.
O estudo sugere que o aumento nos níveis de piratería está relacionado com maiores incrementos na desigualdade de rendimentos e uma maior população juvenil. Pelo contrário, um PIB per capita mais elevado e uma maior concienciación com respeito às diferentes ofertas de conteúdos legais associam-se a umas taxas de piratería mais baixas.
A falta de acesso a conteúdos legais asequibles
"O panorama digital está em constante evolução, ao igual que os padrões de vulneración de direitos de autor on-line. Este último estudo arroja luz sobre o consumo de conteúdos digitais e os factores que impulsionam a piratería", aponta o diretor executivo da Euipo, Joao Negrao.
"É imperativo abordar as causas deste comportamento, que com frequência provem/provêm da falta de acesso a conteúdos legais asequibles e da necessidade de uma maior concienciación pública sobre as consequências da piratería", acrescenta o experiente.
Tipos de conteúdo
Por outro lado, o estudo identifica as tendências nos diferentes tipos de conteúdo. Assim, a piratería cinematográfica se reduziu a 0,71 acessos por utente, principalmente através de streaming, o que constitui o 74% de dita actividade.
Quanto à piratería musical, este sector aumentou ligeiramente até 0,64 acessos por utente, com a descarga de conteúdos de streaming como método mais frequente.
O mais pirateado
O manga destaca como o conteúdo mais pirateado, principalmente em dispositivos móveis. Enquanto a piratería de software cresceu um 6% (com 0,88 acessos por utente/mês), com os jogos móveis como a categoria mais pirateada.
No caso dos eventos desportivos ao vivo, a piratería aumentou durante o período 2021-2023 e fechou no ano passado com 0,56 acessos por utente.
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