Más notícias para Apple. A companhia tem sido denunciada pelo Departamento de Justiça de Estados Unidos e 16 promotoras. O motivo? Violar as leis antimonopolio ao bloquear o acesso de seus rivais às funções de hardware e software de seus telefones inteligentes.
A demanda, apresentada ante um tribunal federal de Nova Camisola, se enmarca dentro de uma investigação de cinco anos ao fabricante dos iPhone. "Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antimonopolio", tem assinalado o promotor geral de EE.UU., Merrick Garland.
Travas aos aplicativos
O documento alega que a empresa com sede em Cupertino tem utilizado seu poder sobre a distribuição de aplicativos nos iPhone para dificultar inovações que teriam facilitado aos consumidores a mudança de seus terminais.
Desta forma, ter-se-ia recusado dar cobertura a aplicativos de transportadora multiplataforma e limitado as carteiras digitais de terceiros ou os relógios inteligentes diferentes aos oferecidos por Apple. Igualmente, a companhia da maçã teria posto travas para o uso de serviços móveis de 'streaming' na nuvem.
Novas compatibilidades
Neste sentido, Apple tem incluído recentemente a compatibilidade com serviços de jogos na nuvem e comunicou em novembro de 2023 que acrescentaria a transportadora multiplataforma RCS (Rich Communication Services) no final deste ano.
Por sua vez, a companhia que preside Tim Cook tem qualificado de "erróneo" o processo, já que sentará um "perigoso precedente" ao permitir às autoridades intervir no desenho dos produtos comercializados.
Apple defender-se-á "energicamente"
"Esta demanda ameaça o que somos e os princípios que distinguem aos produtos de Apple em mercados ferozmente competitivos. De prosperar, obstaculizaría nossa capacidade para criar o tipo de tecnologia que a gente espera de Apple, na que se entrecruzan hardware, software e serviços", tem indicado a multinacional. "Também sentaria um perigoso precedente, ao facultar ao Governo a intervir de forma contundente no desenho da tecnologia dos cidadãos. Achamos que esta demanda é errónea desde o ponto de vista dos factos e da lei, e defender-nos-emos energicamente contra ela", tem resumido.
A modo de contexto, a Comissão Européia anunciou a princípios deste mês que multaría com 1.840 milhões de euros a Apple por abuso de posição na distribuição de música em 'streaming' ao impedir a plataformas como Spotify informar aos utentes de iPhone ou iPads de formas de assinatura alternativas ao acesso directo desde a loja on-line que a multinacional instala em seus dispositivos, a App Store.