Aceitar as cookies, apontar a um boletim para obter um 10% de desconto na primeira compra, responder a uma encuesta em YouTube, deixar uma reseña em Google… há milhares de pequenas acções que permitem às plataformas seguir o rastro de um utente e pescar parte de seus dados pessoais. E essa informação é valiosísima. Não obstante, é possível aumentar um pouco o grau de privacidade em internet (sem voltar-se um hacker profissional nem um ermitaño afastado do mundo digital) adoptando uns singelos hábitos.
O primeiro deles, tal e como recordam desde Tuta.com, passa por ter senhas únicas para a cada lugar. Ter uma repetida (isto é, usar a mesma para, por exemplo, Gmail e Facebook) implica expor-se bem mais, porque se os ciberdelincuentes conseguem obtê-la, poderão atacar por diferentes flancos. Ademais, como os experientes em ciberseguridad têm repetido até a sociedade, a senha deve ser complexa, preferivelmente com uma combinação de símbolos, números e letras maiúsculas e minúsculas.
Revisar a autenticação
Em segundo lugar, activar a autenticação de dois factores resulta muito conveniente. Implica que, para aceder, solicitar-se-lhe-á a um utente um código enviado a seu telefone móvel ou responder a uma pergunta de segurança, de maneira que para os atacantes será bem mais arduo aceder a suas contas, inclusive se conseguem fazer com a senha.
Tal e como recordam desde CaixaBank, é recomendável usar esta dupla autenticação sempre que seja possível, especialmente se se trata de contas valiosas ou sensíveis que possam conter informação trabalhista, pessoal ou financeira.
Dispositivo actualizado
Android lança actualizações com certa regularidade, e o mais recomendável é instalar sempre as novas versões. Não só servem para que o telefone funcione melhor e incorpore novidades interessantes ou divertidas, sina que as actualizações trazem parches de segurança, que actuam como novos blocos de pedra capazes de tampar os possíveis ocos na muralha.
A cada utente pode ver o número de versão de Android que tem, o nível da actualização de segurança e o do sistema de Google de seu dispositivo no aplicativo Ajustes. Normalmente, avisa-se-lhe quando há actualizações disponíveis, mas também pode comprovar por si mesmo se têm saído novas.
Olho com as apps desnecessárias
Parece de cajón, mas convém recordá-lo: quantas menos aplicativos tenha instaladas uma pessoa em seu telefone, mais resguardado estará e menos companhias poderão rastrearle. Por isso, de vez em quando é boa ideia se meter em Ajustes, revisar que há instalado e, chegado o caso, acometer uma limpa.
Na mesma linha, os aplicativos só devem se descarregar em lugares seguros, como Google Play Store ou F-Droid. A segunda permite descarregar aplicativos de código aberto que não utilizem serviços de Google.
Permissões do aplicativo
Muitos aplicativos solicitam ao utente aceder a sua localização, à câmara e ao microfone do telefone, umas exigências que não dever-se-iam aceitar por defeito. Assim, o mais recomendável é se tomar uns minutos para revisar as permissões concedidas à cada aplicativo, um por um, e verificar que não têm potestade para husmear onde não é necessário que o façam.
"Uma app que requeira umas permissões excessivas deveria nos fazer suspeitar sobre suas intenções, já que poderia obter dados do sistema ou de nossa actividade e os enviar a um terceiro. Também deveríamos ser prudentes se ao actualizar um aplicativo nos pedem permissões novas", explicam desde a Agência Espanhola de Protecção de Dados.
Aplicativos de terceiros
Assim mesmo, desde Tuta.com recomendam evitar utilizar a conta de Google para registar-se em aplicativos de terceiros, já que vincular uma e outra significa trasvasar um montão de informação que o gigante tecnológico já tem. Assim, implica ceder dados aleatoriamente.
Ao fazê-lo, incrementar-se-ão as possibilidades de sofrer ataques de suplantación de credenciais.