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400.000 ciberdelitos ao ano em Espanha: lume a este número se és uma vítima

Esta é a estimativa sobre a que alerta o Banco de Espanha durante a celebração do Dia da Educação Financeira

Teo Camino

El gobernador del Banco de España, José Luis Escrivá, durante la celebración de un debate en el día de la Educación Financiera celebrado en el Banco de España MATEO LANZUELA EP

O governador do Banco de Espanha, José Luis Escrivá, estima que se produzem uns 400.000 ciberdelitos ao ano no país, dos quais, um 15% ocorre em menores de 25 anos, uma percentagem que considera "muito significativo".

Escrivá tem contribuído estes dados durante a celebração do Dia da Educação Financeira que se realizou nesta segunda-feira, 7 de setembro, na sede do Banco de Espanha da Educação Financeira. O governador tem aproveitado a ocasião para pedir precaução a jovens e adultos ante os riscos que comporta a digitalização, especialmente no âmbito financeiro.

Lume a este número se és vítima de um ciberdelito

"Há que estar olho avizor, muito atentos, e conhecer por onde pode vir o ciberdelito ou o ataque de qualquer tipo. Para nossa segurança, nossos dados, ou, em último caso, fazer-nos equivocar ou confundir numa decisão", translada à audiência, dantes de recomendar o uso do telefone 017 do Instituto Nacional de Segurança (Incibe) em caso de dúvida ou problema relacionado com a ciberseguridad.

Sede do Instituto de Ciberseguridad / EP

Também tem recomendado "se formar" em educação financeira para estar preparado ante possíveis riscos que podem surgir neste âmbito. Por último, em caso de produzir-se uma fraude, pede "ir à Polícia", porque o Corpo de Segurança pode obter informação para prevenir e antecipar a estes delitos.

Informar-se dantes de investir

Por outro lado, o presidente da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), Rodrigo Buenaventura, recomenda aos jovens que não recusem a possibilidade de investir em instrumentos financeiros, já que há ativos "muito interessantes" que são "mais tranquilos" que as criptomonedas, mas que em caso de optar pelas criptos, se informem sobre este investimento.

"Se decide investir em criptomonedas, que se informe bem, de várias fontes, não só com uma. Que não tenha pressa porque as criptomonedas vão estar aí dentro de duas semanas ou em dois meses e pode investir certo tempo em consultar fontes diferentes e especialmente informar dos riscos", aconselha.

Desconfiar dos 'influencers'

"E se está realmente decidido, dizer-lhe-ia que inclusive se espere ao ano que vem porque o regulamento MiCA da União Européia que se aprovou faz um tempo, mas que entra em vigor a partir de janeiro, pois vai dar certa regulação ao que agora tem zero regulação", prossegue em suas recomendações aos jovens que queiram investir em criptoactivos.

Também tem lançado uma série de recomendações para desconfiar de influencers que dêem conselhos sobre investimentos. Em primeiro lugar, assinala que os livros para aprender a fazer trading não deveriam exceder de 50 euros, enquanto os cursos "caros" também são um sinal para "fugir", bem como a ostentación.

Cursos suspeitos e fraudes piramidales

"Há esquemas que são um pouco mais complexos, como os multinivel, onde alguém faz um curso e oferecem descontos se trazem a um amigo ou dois ou três. Às vezes esses cursos correspondem a fraudes piramidales", explica.

Por último, tem assinalado a um conjunto de gente que faz "culto ao líder", com eventos multitudinarios onde há um "saber secreto onde têm as chaves que ninguém mais tem". Tratar-se-ia de outra dos sinais de uma possível fraude.