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O 12% dos espanhóis já tem mudado seu smartphone por um 'móvel tonto'
Um estudo desvela uma mudança de tendência significativo com respeito à relação dos jovens com a tecnologia
Num mundo hiperconectado, onde a constante presença em redes sociais e a sobrecarga de informação se converteram na norma, cresce uma corrente em torno da desconexão digital que ganha terreno e cria tendência especialmente entre os jovens espanhóis.
Para analisar a relação dos jovens espanhóis com a tecnologia e os reptos à hora de desenvolver vínculos saudáveis com a mesma, a marca espanhola de electrónica de consumo SPC aliou-se com Jorge Flores, fundador de PantallasAmigas e especialista em uso saudável da tecnologia, e têm levado a cabo uma interessante investigação.
O resurgir dos 'telefones tontos'
Mais especificamente, o Estudo Geração SPCial sobre hábitos de desconexão digital dos jovens espanhóis é uma análise que desvela que a corrente de volta aos dumbphones ('móveis tontos') tem chegado a Espanha e está a criar tendência. De facto, os denominados 'móveis tontos' são a opção eleita pelo 12,2% dos jovens espanhóis, que já têm mudado seu smartphone por um telefone sem internet.
Outra das principais revelações do estudo é que mais da metade dos jovens espanhóis se propôs eliminar seus perfis sociais e o 12,7% tem abandonado permanentemente as redes sociais em procura de um estilo de vida mais equilibrado e saudável.
Que é um 'móvel tonto'?
Jorge Flores tem contribuído sua visão sobre estes dispositivos: "Os dumbphones representam uma opção interessante porque permitem às pessoas eleger quando querem estar conectadas. Para aqueles que já se criaram num mundo digital e hiperconectado, estes dispositivos oferecem uma experiência nova e de grande valor, enquanto para os adultos é uma oportunidade de retomar essa desconexão e ser um exemplo positivo para os meninos".
Estes dispositivos estão a ganhar popularidade como ferramentas para atingir um equilíbrio digital, já que permitem desenvolver de forma mais singela o détox recuperando o equilíbrio digital e fomentando uma vida mais centrada no essencial. Ao não ter conexão a internet, limitam as distracções e interrupções ao realmente urgente, são singelos de manejar e estimulam as alternativas de relação e entretenimento não dependentes de internet.
O uso diário do móvel entre os jovens
Dito estudo, levado a cabo entre 1.000 espanhóis dentre 18 e 35 anos, conclui que em nosso país a média de uso diário do smartphone está em torno das cinco horas, já seja para consultar os perfis de redes sociais, ligar com seres queridos através de transportadora instantânea, telefonemas e videollamadas, ou como ferramenta de trabalho.
Ante esta situação, o 75,5% dos espanhóis propôs-se seriamente usar menos o móvel e um 14,3% tem conseguido manter este hábito de forma permanente.
Desconexão digital
O 56,5% dos interrogados propôs-se fazer um détox digital e seis em cada dez conhece a alguma pessoa que se somou a esta tendência. Os motivos mais comuns para considerar ou realizar um détox incluem a redução do tempo em frente aos ecrãs, melhorar a qualidade de vida e a saúde mental.
Entre os que têm levado a cabo um détox digital, o 12,6% o fez para ligar com o mundo off-line e criar conexões reais com as pessoas.
Desinstalar os aplicativos de redes sociais
Quanto às opções preferidas para ter uma relação mais saudável com os ecrãs, o 38% dos espanhóis optaria por desinstalar os aplicativos de redes sociais e o 37% por controlar o tempo de uso através das opções que facilitam os próprios smartphones. No entanto, na actualidade tão só o 27,9% diz comprovar este dado em seus dispositivos móveis.
Por todo isso, "um dumbphone se posiciona como uma ferramenta perfeita para aprender a seleccionar os momentos de desconexão para que o sejam para valer e permitir às gerações mais jovens que descubram a experiência de viver com menos compromissos e distracções digitais, tomando um maior controle de seu tempo e de sua vida", sentencia o fundador de PantallasAmigas.
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