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Wegovy: como funciona o novo medicamento para emagrecer que pretende destronar o Ozempic
Este medicamento, que não será financiado pelo sistema de saúde e não se destina a todos os doentes, deve ser injetado uma vez por semana.
A saúde tem um plano para combater a escassez do Ozempic, um medicamento para tratar os diabetes que muitas pessoas tomam para emagrecer. A Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (AEMPS) denunciava há uns dias que este produto, que escasseia nas farmácias, às vezes se vende sem receita. Agora, a chegada a Espanha do Wegovy pretende atenuar estes problemas.
Trata-se de um medicamento que contém semaglutida como princípio ativo, uma substância útil para reduzir e controlar os níveis de açúcar no sangue e para regular a insulina. Wegovy, tal como o Ozempic, foi desenvolvido pelo potente laboratório dinamarquês Novo Nordisk. Não será barato: em Espanha, o medicamento vender-se-á por uns 128 euros.
Um medicamento que não está financiado pelo Estado
Por enquanto não está financiado pelo Sistema Nacional de Saúde e, segundo indicou a Aemps, o fármaco estará sujeito a rastreamento adicional. Mais especificamente, está indicado, tecnicamente, "complemento a uma dieta baixa em calorías e a um aumento da atividade física para o controle de peso, incluída a perda e a manutenção do peso em adultos com um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30 kg/m2″.
Deve-se aplicar (injectar por via subcutánea, no abdomen, a coxa ou na parte superior do braço) uma vez por semana a qualquer hora do dia, com ou sem alimentos. O ideal é começar com uma dose baixa (0,25 mg a cada 7 dias) que se pode incrementar de forma gradual, até atingir 2,4 mg. Por outro lado, não se deve administrar por via intravenosa nem por via intramuscular.
Não é uma panaceia
Alguns médicos espanhóis já expressaram que o Wegovy é uma boa opção para as pessoas diabéticas com excesso de peso que desejem perder uns quilos, e também se pode utilizar para problemas associados com a hipertensião, para pessoa com antecedentes de acidentes vasculares cerebrais, enfartes e problemas vasculares. Contudo, não é a panaceia nem um produto milagroso que se possa tomar às presas.
O melhor é fazê-lo sob a orientação de um especialista, com uma análise prévia (para garantir que não há risco de pancreatite) e tendo em conta que, como medicamento, também pode causar efeitos secundários.
Doentes que não devem tomar este medicamento
O uso de Wegovy não se recomenda para os pacientes que utilizem outros produtos para perder peso, nem também não para os que tenham retinopatía, os que tenham diabetes tipo 1, para aqueles que tenham a função dos rins gravemente reduzida ou a função do fígado gravemente reduzida.
Quanto aos efeitos secundários, os mais frequentes incluem náuseas, diarreia, vómitos, obstipação, dores abdominais (de estômago), dores de cabeça, fadiga, dispepsia (indigestão) ou tonturas.
Aprovado nos Estados Unidos
Em junho de 2021, a Administração de Alimentos e Medicamentos de Estados Unidos (FDA, marcando a primeira aprovação de um medicamento de controlo de peso crónico para adultos obesos ou com excesso de peso em geral desde 2014.
O Wegovy actua imitando uma hormona chamada peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1) que tem como alvo áreas do cérebro que regulam o apetite e a ingestão de alimentos, disse a agência na altura.
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