As marcas de luxo têm um público muito concreto. Seu exclusividad está reservada a pessoas que têm uma muito boa economia. Um factor finque ao que há que somar a vontade. Consumidores dispostos a pagar por prenda-las, complementos e sapatos das melhores assinaturas do mundo.
Vestiaire Collective é um site que actua de uma forma similar a Wallapop . Faz de intermediária entre compradores e vendedores dartículos de luxo de segunda mão. Numerosos utentes recorrem a esta plataforma por diferentes razões. Pode ser que já não desejem esses produtos. Ou que estejam à caça da bolsa que lhes falta para completar uma colecção de Hermès.
Como funciona o site?
Há duas formas de comprar ou vender em Vestiaire Collective. Há artigos que têm que passar primeiro pela equipa de profissionais que verificam a cada um dos produtos que se oferecem. "Neste departamento, pode ser que trabalhe gente que prova/provenha de Armani, Louis Vuitton… Pessoal que conheça bem estes produtos", explica a Consumidor Global Ruth Almaraz, professora de propriedade intelectual em OBS Business School.
Também está a opção do envio directo. Esta está reservada para alguns artigos. Uma selecção na que o site oferece o sistema de autentificación como algo opcional. Isto é, os produtos só passam por mãos dos experientes se o comprador paga para que assim seja. A plataforma oferece um prazo de 72 horas para devolvê-los.
Vendedores a sua sorte?
Yolanda M. é uma vendedora de Vestiaire Collective. Esta mulher assegura que, depois de realizar a venda de uma bolsa, o comprador se jogou atrás. Uma vez recebida a devolução, se percató de que a bolsa tinha sido usado. Recebeu-o manchado e com cheiro a fumo, segundo afirma ela mesma. A internauta queixa-se de que a plataforma se lavou as mãos.
"A resposta de Vestiaire é que sente que eu não esteja satisfeita", expõe. "Em envio directo encontras-te totalmente desprotegido como vendedor. O comprador muda de ideia e aos vários dias devolve o artigo manchado e, com dito motivo, pode devolver seu compra, recebe seu dinheiro e o vendedor não pode fazer nada", limpa.
"Alugar bolsas de luxo grátis"
Yolanda M. denúncia que neste tipo de situações "te alugas uma bolsa de luxo grátis com envio a domicílio". A internauta mostra-se especialmente irritada por não ter opção a se defender. "Tenho fotos de como estava a bolsa dantes da entrega e nem se molestaram nas pedir", manifesta em relação a Vestiaire Collective.
A experiente Ruth Almaraz explica a Consumidor Global, que se trata de uma prática arriscada. "Estás a gastar-te 2.000 euros mas, se eu me quero levar um Louis Vuitton a um congresso, dessa forma posso o fazer. Isso é uma picardía", limpa a experiente.
Como saber que o artigo não é falso?
Topar com um artigo falso em Vestiaire Collective é uma possibilidade mínima. Mas pode passar. Conhecer o etiquetado, o titular ou o licenciatario são alguns dos pontos finques para saber se um produto é ou não original. Assim o explica Almaraz. "Neste caso, o que temos é um produto já comprado por um particular. É difícil esclarecê-lo", enfatiza.
A forma mais fiável de distinguir um artigo verdadeiro de um falso arraiga no próprio conhecimento que se tenha sobre o mesmo. "Costumam ser produtos de outros catálogos, outras temporadas, nas que compradores e vendedores conhecem muito bem a marca em questão", expõe Almaraz. A experiente faz questão de que é necessário ter visto dantes o produto para identificar "a qualidade, o tipo de couro ou os tipos de cores para que a tinta não se vá descolar".
Proteger ao vendedor
Antonio Pastor, advogado e sócio de Círculo Legal, explica a este meio que a comissão que se costumam levar este tipo de sites oscila entre o 15% e 18%. Uma taxa que lhe cobra aos vendedores. No caso da autentificación, são os compradores quem devem pagar por ela. "Uma pessoa que tenha recebido um produto que não seja autêntico pode reclamar tanto ao site como ao vendedor", expõe o experiente.
Quando um comprador devolve um produto, dificilmente se pode demonstrar que esta pessoa o tenha usado. Mas existem fórmulas para proteger ao vendedor. "Uma solução seria que o artigo passasse pelas mãos de Vestiaire tanto à ida como à volta. Pôr obrigatória a revisão", aponta Ruth Almaraz. Uma alternativa que suporia um sobrecoste importante, tal e como aponta a experiente. Pese a ser um sistema caro, seria eficaz para satisfazer a clientes como Yolanda M., que assegura que sua bolsa tem sido devolvido depois de ser usado.