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Toda a verdade sobre o polémico terraço sevillana que cobra 10 euros por reservar uma mesa ao sol
Uma cliente do estabelecimento deixou uma crítica negativa após que o restaurante lhe explicasse por que não podia se alterar para uma mesa com sol
Tudo sucedeu em janeiro mas a polémica tem chegado nesta semana. Trata-se de uma review que tem semeado o caos com um restaurante sevillano. Vamos por partes.
Um comentário numa conhecida plataforma turística tem causado um aluvión de críticas a um bar de Sevilla. O motivo? A experiência da cliente assinala que o estabelecimento cobra dez euros por reservar mesas ao sol. A grande pergunta é: realmente isto é assim?
A crítica
Manuela N. foi a encarregada de escrever a reseña que tem protagonizado titulares da imprensa nos últimos dias. Fazer através de TripAdvisor onde puntúa a Betis7 Triana, o restaurante em questão, com uma sozinha estrela. "Decepcionante", sentença.
"Apesar de ter uma reserva para duas no terraço, localizaram-nos numa mesa sombria, apesar de que ficavam mesas ao sol disponíveis. Ao solicitar a mudança, a camarera informou-nos que essas mesas estavam reservadas e tinham um custo adicional de 10 euros, informação que não estava indicada no site ao realizar a reserva", expressa a cliente.
Mesas 'premium'
Mayte Aguado, directora geral do restaurante, explica a Consumidor Global que, em nenhum caso, se cobra por reservar mesas ao sol no terraço do restaurante. Simplesmente, são mesas premium e assim o fazem saber em seu site.
Segundo explica Aguado, trata-se de umas mesas localizadas numa zona do terraço onde as vistas ao rio Guadalquivir estão garantidas. Um serviço que, ademais, acrescenta outros como a copa de cava a modo de recebimento.
Há que pagar pelas reservar?
Aguado deixa claro a este meio que sim há que pagar por reservar estas mesas no restaurante. Mais especificamente, há que pagar dez euros por comensal e este custo nem se devolve nem se descuenta da conta final. Conquanto Manuela N. sublinha que no site não se informa sobre estas condições, o restaurante deixa claro que sim.
Basta com ir ao apartado das reservas para que o utente se tope com uma mensagem clara: "Serviço de gestão da reserva para garantir nossas MESAS PREMIUM, em 1ª linha de nosso roof garden, com as melhores vistas. O preço é por garantir a mesa PREMIUM e NÃO se descuenta do custo da factura. Preço por pessoa 10 €".
Se ninguém a ocupa, sim se pode usar
Aguado relata que se algum comensal chega ao restaurante e essas mesas não estão reservadas, os clientes poderão as usar sem sobrecoste algum. No entanto, aquele não foi o caso de Manuela N.
"Tenho de dizer-lhe que as mesas Premium às que você se refere, as que se encontram em primeira bicha, estavam já reservadas para esse dia, tanto no primeiro turno como no segundo", respondeu publicamente o bar à cliente.
São legais estas cobranças em hotelaria?
Há que fazer uma distinção entre garantir uma reserva e cobrar um suplemento. Ruth Almaraz, advogada e professora de OBS Business School, deixa claro a este meio que no primeiro caso há que descontar o custo da conta final. Não ocorre o mesmo se se trata de um sobrecoste.
O que faz no restaurante sevillano é cobrar um suplemento, algo que é legal desde que se deixe muito claro ao cliente dantes de proceder à reserva. Neste caso, o estabelecimento informa sobre as condições deste serviço exclusivo no site e na carta do local, segundo Aguado
Uma falta de respeito?
Para Manuela N. o sucedido com Betis7 Triana é "uma falta de respeito". "Esta não é nossa primeira visita, mas esperamos que corrijam estes inconvenientes para melhorar a experiência dos clientes no futuro", foram as palavras com as que limpou sua crítica.
Qualificar a atitude do restaurante como falta de respeito é, quiçá, excessivo. Afinal de contas, o único "erro" do estabelecimento foi ter as mesas premium reservadas previamente por outros comensales. Agora bem, o que sim se pode debater é o preço desse sobrecoste. Dez euros por comensal não é pouco mas a cada um lá com sua política de preços e sua carteira.
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