Um julgado de Lena (Astúrias) tem condenado a Unicaja (propriedade de Liberbank ) a devolver os 5.000 euros que uns estafadores lhe tinham tirado a uma cliente através de 'phishing'. Ademais, a esta quantidade somar-se-lhe-ão a costa do julgamento e os interesses desde que iniciou-se a reclamação extrajudicial, em junho de 2022.
São centenas os clientes afectados pela mesma fraude. Aproveitando o processo de fusão com Liberbank, os ciberdelincuentes fizeram-se com multidão de credenciais de utentes de sua banca electrónica. Enviaram mensagens a computadores e telefones móveis de clientes de Liberbank e fizeram-se passar pelo banco para realizar uma gestão.
Até 40.000 euros roubados
Estas mensagens tinham o desenho, a aparência e logos que utilizava Liberbank para comunicar com seus clientes. Segundo a União de Consumidores de Astúrias, alguns perderam até 40.000 euros. A entidade tem apresentado mais de 300 reclamações por um custo superior ao milhão e meio de euros, e uma média por afectado superior aos 5.000 euros.
Ademais, a União de Consumidores de Astúrias indica que as diferentes sentenças ganhadas acreditam que Liberbank não dispôs de um sistema anti 'phishing' para proteger de forma adequada e eficaz a seus clientes. Portanto, à entidade corresponder-lhe-ia assumir as consequências e "não culpabilizar, como está a fazer, à freguesia vítima destas fraudes".
Pulso a Unicaja
O passado 15 de setembro, a União de Consumidores de Astúrias informou de que dava um prazo de um mês a Unicaja para que procedesse "à devolução das quantidades saqueadas pelos ciberdelincuentes". Caso contrário, alertava, "mobilizará aos centos de pessoas afectadas para manifestar adiante do escritório central da entidade em Oviedo".
"São centos as pessoas roubadas pelos ciberdelincuentes, por falta da adequada protecção de suas contas por Unicaja. Freguesia que levam mais de um ano à espera do reembolso do dinheiro sustraído de contas, sem que a direcção de Unicaja tenha respondido a suas demandas", afirmam.