Justo após apresentar o iPhone 15, Apple enfrenta-se a uma crise reputacional: os países da União Européia propõem-se proibir a venda do iPhone 12 por sua radiação excessiva após que França o fizesse. Os 27 têm recebido uma notificação por parte das autoridades galas para informar de sua decisão e examinam agora a situação dantes de se pronunciar.
Os países sócios dispõem agora de até três meses para analisar a informação recebida e apresentar objeciones se o desejam. Decorrido esse prazo, se nenhum Estado membro posiciona-se na contramão, a proibição generalizar-se-á ao conjunto da União Européia.
Iniciativa da Comissão Européia
Assim o indicou nesta quinta-feira a Comissão Européia que, ao igual que os Estados membro, recebeu no dia anterior uma notificação de Paris informando de que proibia a comercialização deste dispositivo porque excede os limites de emissão de ondas de radiofrequência estabelecidos pela Agência Nacional de Frequências (ANFR).
Segundo o regulamento comunitário que afecta a pequenos electrodomésticos no Mercado Interior, um Estado membro tem a obrigação de informar a seus sócios quando decide restringir a comercialização de um destes produtos e o resto de países dispõem de três meses para analisar a informação e propor ou não objeciones. Deste modo, estão a analisar-se os riscos do dispositivo para decidir se seu país segue os passos do França.
A postura de Apple
Por sua vez, Apple tem explicado num comunicado que o iPhone 12, lançado em 2020, tem sido certificado por vários organismos internacionais e é compatível com os regulares de radiação globais.
Em caso que a UE termine seguindo os passos do França e proibindo o telefone, é possível que os cidadãos europeus tenham que o devolver.