Um total de 178.865 madrilenos estavam em maio em lista de espera, pendentes de realizar uma prova diagnóstica, o que supõe 10.018 pessoas mais que ao início de 2023, quando o volume era de 168.847 pacientes. Pese à subida na lista de espera estrutural, os tempos nos últimos cinco meses diminuíram 10 dias para aceder a uma prova diagnóstica na CAM, passando de 59,82 dias de princípios de ano janeiro, aos 49,30 dias em media em maio.
Do mesmo modo que ocorre na lista de espera quirúrgica, o Hospital Universitário Geral de Villalba se posiciona como o centro público com menor tempo de espera, com 3,58 dias, quase 46 dias por embaixo da média madrilena. Mas o complexo de Collado Villalba não é o único que brinda rapidez na realização de provas, já que na CAM há esperas inferiores a dez dias.
É o caso da Fundação Jiménez Díaz, que ainda sendo um centro de grande complexidade, apresenta o segundo melhor tempo de toda a região com só 7,21 dias. O Rei Juan Carlos, com 7,43 dias e o Infanta Elena, com 9,92 são os outros dois hospitais cujos tempos para provas diagnósticas não superam os 10 dias.
Também na Comunidade de Madri outros centros públicos têm tempos inferiores ao mês de espera. Por conseguinte, uma pessoa aguarda 2,28 em media, se tem que se realizar uma prova no Hospital de Torrejón; 17,21 dias se é no Gregorio Marañón; 18,88, quando se trata do Porta de Ferro Majadahonda; 23,75 no Hospital Infantil Menino Jesús; 24,31 no caso do Santa Cristina; e, finalmente, 25,23, se levam-se a cabo no Escorial.
A diferença é acusada quando se comparam os dados com outros centros madrilenos situados ao final da classificação nos que se ultrapassam os dois meses de espera; é o caso do Hospital de Fuenlabrada (61,11 dias); o da Princesa (64,15); o Clínico San Carlos (66,67); o de Henares (67,18) ou o Infanta Cristina (72). Ainda que, cabe assinalar que são o Hospital do Sudeste, com 92,75 dias e o Infanta Sofía, com 98,29, os que mais demora acumulam na realização de provas diagnósticas de toda a região.
Plano Integral de Listas de Espera
Ainda que o relatório de Listas de Esperas realizado pelo Ministério de Previdência não reflete o panorama nacional na lista de esperas de provas diagnósticas (só recolhe os dados de lista de espera quirúrgica e de consultas externas), os tempos gerais de Madri mostram uma melhora com respeito ao início do ano. Um objectivo que persegue o Plano Integral 2022-2024 posto em marcha o passado setembro e que pretende situar num tempo menor a 45 dias de demora média as esperas tanto em intervenções quirúrgicas, como em consultas com especialistas e em provas diagnósticas.
Algumas das vias que se tomam para acelerar os tempos de espera para ressonâncias e tomografías computerizadas é ampliar o horário, inclusive a fins de semana. É o que se conhece como Pactos de Gestão, iniciados em 2016 como um acordo entre a consejería e a cada serviço médico e totalmente voluntário; os trabalhadores que se aderem a este pacto cobram umas quantidades extra segundo os objectivos pactuados.
Faz anos que a Fundação Jiménez Díaz, por exemplo, realiza este tipo de provas médicas em dias feriados já que ao se tratar de um dos centros baixo o modelo de gestão indireta, resulta mais factível organizar este tipo de horários. No entanto, outros centros como o Gregorio Marañón, o 12 de Outubro ou o Ramón e Cajal também têm aliviado suas listas de espera de algumas das especialidades mais saturadas realizando provas o fim de semana.