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Skiplagging: o truque para encontrar voos baratos que as aerolíneas não querem que saibas

Este método pode poupar-te dinheiro, mas apresenta alguns riscos e desvantagens importantes

Ana Carrasco González

Aviones Iberia

O preço dos bilhetes de avião tem atingido neste ano um máximo histórico. Ante a escalonada subida nos últimos anos, os passageiros procuram desesperadamente voos baratos. No entanto, alguns métodos são mais arriscados que outros, como o skiplagging.

Esta prática, também conhecida como "cidade oculta" ou "bilhete de usar e atirar", se fez a cada vez mais popular. O truque do bilhete barato consiste em comprar um bilhete mais barato com escala na cidade à que se quer viajar e depois não apanhar o segundo voo.

Como funciona o skiplagging?

O skiplagging consiste em reservar um voo indireto que custa menos que um voo directo e não fazer a conexão, tal e como explicam desde euronews. É uma forma de encontrar um voo sem escalas sem o preço que costumam ter estes bilhetes.

Uma hospedeira com uniforme em pleno voo / PEXELS

Digamos, por exemplo, que quer voar de Genebra a Madri. Um bilhete a outro lugar de Espanha, como Culleredo, com uma escala na capital espanhola poderia lhe poupar ao redor de 20%. Não viajaria a Culleredo e sairia do aeroporto de Madri sem utilizar a segunda metade do bilhete.

Quais são os inconvenientes?

Apesar das tarifas baratas, há alguns inconvenientes, como não poder facturar as malas. O bilhete é para o destino final da viagem, o que significa que se facturar as malas, ali acabarão. Alguns experientes recomendam inclusive viajar com uma mochila, já que existe a possibilidade de que lhe peça que facturar a bagagem num voo com muito tráfico.

Também não é provável que funcione utilizar um bilhete de ida e volta. É provável que as aerolíneas cancelem o trajecto de volta se se dão conta do que tens feito. Também existe a possibilidade de que a cidade escondida à que se aponta não seja realmente o destino final. Os horários, as mudanças de rota e a complicada logística são parte integrante do planejamento de voos.

Por que às aerolíneas não gostam o skiplagging?

"As aerolíneas fixam o preço dos bilhetes em função do mercado e a concorrência, não necessariamente da distância do voo. Por isso uma viagem curta costuma ser mais caro que um longo", explica Edward Russell, jornalista de aerolíneas das publicações do sector Skift e Airlines Weekly.

Praticamente todas as aerolíneas proíbem explicitamente o skiplagging em suas condições de serviço, com diversos graus de consequências se te pillan. Isto pode supor desde a anulação das vantagens de fidelidade, como os pontos acumulados com os voos, até a proibição de voltar a viajar com uma companhia determinada, ou inclusive demandas judiciais.