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Se a letra é muito pequena, podes denunciar o contrato de um cartão revolving por abusivo
O tamanho dos caracteres importa: a Lei Geral para a Defesa dos Consumidores e Utentes estabelece que não podem ser inferior a 2,5 milímetros
Os cartões revolving são um quebradero de cabeça para muitos consumidores. A culpa têm-na seus altos interesses, que em muitas ocasiões resultam abusivos. Agora, uma nova via de reclamação ganha peso entre os afectados: se o tamanho da letra é demasiado pequeno, poderia declarar-se a nulidad do contrato. Assim o explicaram desde o despacho Sanahuja Miranda Advogados.
Poderiam acolher a esta via aquelas pessoas que não possam reclamar por usura. Mais especificamente, a lei estabelece que o tamanho da letra não pode ser inferior a 2,5 milímetros, segundo tem detalhado Estel Romero, advogada do despacho. Anteriormente, a Lei Geral para a Defesa dos Consumidores e Utentes não mencionava nenhum requisito de tamanho, e depois especificou que deveria ser maior de 1,5mm.
Sentença do Tribunal Supremo
No caso concreto dos cartões revolving, esta apreciação será chave naqueles casos que não se considerem usurarios em virtude da última sentença do Tribunal Supremo (258/2023, de 15 de fevereiro), que estabelece como regular os 6 pontos de diferença para a declaração de usura .
"Nos casos que seja inferior, o tamanho da letra pode conseguir que o contrato se declare nulo por abusividad apesar de não ser usurario", aclara a advogada. "Sem dúvida é uma via de reclamação muito beneficiosa para as cidades e que não pode se desprezar", acrescenta. Na actualidade, a escalada do euríbor e a inflação motivam a proliferación das revolving, com o consiguiente prejuízo para os consumidores.
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