Desde o 21 de março é primavera e o fúcsia e Rocío Carrasco são tendência. "Power dressing, superação, empoderamento, resurrección, feminidad, força, entereza", são só alguns dos qualificativos que tem recebido o traje de duas peças com o que aparece a filha da Jurado nos capítulos iniciais de sua série documentária, Rocío, contar a verdade para seguir viva (Telecinco), na que relata com crudeza a relação com sua exmarido, Antonio David Flores. E é que são muitos os motivos pelos que este colorido look está carregado de simbolismo: o fúcsia foi a cor que elegeu sua mãe tanto para o dia do casamento de sua filha como para sua última actuação televisiva em 2005, meses dantes de morrer.
A rainha Letizia, Cristina Pedroche, Hillary Clinton e Kate Middleton, entre outras, luziram um conjunto similar anteriormente, mas nenhuma tem atingido o impacto mediático de Rocío Carrasco, que tem elegido o momento e o lugar adequado para reaparecer, dar um passo à frente e visibilizar um grave problema que afecta a muitas mulheres vestida com um conjunto de duas peças cor magenta da marca Bleïs Madri. Por todo isso, sua imagem se tem viralizado a tal ponto de que as vendas de prendas cor fúcsia se dispararam, e, a dia de hoje, resulta difícil encontrar um traje como o seu, ainda que existem várias alternativas.
O 'boom' do fúcsia
"No dia 21, quando se emitiu o primeiro episódio do documentário de Rocío Carrasco, se registou um bico nas buscas que continham a palavra fúcsia. Desde então incrementaram-se em mais de um 200 %", expõem a Consumidor Global fontes da conhecida loja de moda on-line Zalando. "Eu já lho disse a uma colega quando vi a reportagem: já verás como o vamos vender mais. E assim tem sido. Está a sair muito bem", aponta uma dependienta do Corte Inglês, onde já têm criado uma secção fúcsia.
Alguns, inclusive, querem se adjudicar a criação do traje de duas peças Rocío Carrasco. "A jaqueta que leva no documentário é nossa", aponta uma dependienta do Grupo Inditex, quem acrescenta: "a temporada vem muito rosa e muito fúcsia. Devido à pandemia, a gente procura cores alegres". Em sua grande maioria, os empregados das lojas consultadas por este meio asseguram que "a tendência do fúcsia se acentuou graças ao aparecimento de Rociíto".
O 'blazer' de Rocío
Ainda que não se fez oficial e existe verdadeiro secretismo ao redor da marca que vestiu a Rocío Carrasco em tão importante ocasião, se sabe que se trata de um conjunto da assinatura madrilena Bleïs que pertence à colecção primavera-verão de 2020. "Quando se trata de um assunto tão delicado como este, a marca vai com muito cuidado à hora de se vincular directamente com a personagem", aponta Anitta Ruíz, assessora de imagem e experiente em moda.
A famosa jaqueta, um blazer crepe fúcsia, tem um preço de 400 euros no site de Bleïs e seu pagamento pode-se fraccionar em três mensualidades, ainda que só fica a talha M disponível. O pantalón que completa o traje custa outros 255 euros e só se pode adquirir na talha L.
Alternativas 'low cost'
Ainda que em Cabo Outlet e Asos Design, entre outras lojas, esgotou-se, um dos trajes de mais duas peças parecidos ao que luziu Aspergiu Carrasco em Telecinco é o da marca Sfera. Este conjunto é bem mais barato --a jaqueta custa 50 euros e o pantalón 36-- e se decantó por ele a vice-presidenta do Governo, Carmen Calvo, mal cinco dias após a estréia de Rocío, contar a verdade para seguir viva. "Não o temos exposto, mas no armazém nos ficam alguns. Talvez na semana que vem já não há. Chega até a talha 42", explica uma dependienta de Sfera.
Em Zara , a americana mais parecida que têm à de Rocío Carrasco tem um preço de 69 euros, ainda que o pantalón está esgotado. E na secção fúcsia de Woman do Corte Inglês pode-se comprar uma jaqueta tipo blazer e um pantalón a jogo que sai por 103 euros ao todo.
Uma moda efémera
"Acho que o fúcsia estamos a vê-lo em todas partes porque temos o vestido de Rocío muito presente, mas deixá-lo-emos de ver. Ao documentário ficam-lhe ainda uns quantos capítulos com este rosa tão potente sobre um fundo branco, e pode que termine por gerar hartazgo", aponta a experiente em moda Ruíz. De facto, o furor que tem tido o look tem um motivo. "As cores saturadas impactam mais e são mais fáceis de recordar. Captam nossa atenção de imediato, mas na actualidade temos tal sobreexposición que as tendências são muito efémeras", conclui.