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Um terço dos espanhóis gastaram-se mais de 500 euros em consertar suas casas no último ano

As intervenções mais comuns têm sido a pintura de espaços, arranjos relacionados com a fontanería do lar ou tarefas de albañilería

Consumidor Global

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Em 2021 muitos espanhóis optaram por renovar seus lares, dado que agora passam mais tempo neles por culpa da pandemia do Covid. Mais especificamente, no último ano, o 35,65 % dos utentes investiu mais de 500 euros em avarias e reparos em suas casas e andares. Os reparos mais comuns têm sido as relativas a pintura --46,53 %--, fontanería --46,09 %--, albañilería --44,23 %-- e electricidade --33,68 %--.

Segundo dados do INE e do Catrasto, mais da metade (o 52 %) das moradias em Espanha têm uma antiguidade que ultrapassa os 40 anos. Num parque imobiliário tão envelhecido como o deste país, o risco de sofrer avarias é maior. Uma evidência disto é que as moradias jovens representam só o 13 % dos reparos.

Dois jovens com seu cão desfrutam das reformas em casa / PEXELS

 

Até três reparos ao ano

Neste sentido, segundo o último relatório sobre o estado da moradia publicado pela empresa especializada em cuidado e manutenção do lar, HomeServe, entre julho de 2020 e no mesmo mês de 2021, até quatro em cada 10 interrogados afirma ter tido uma avaria ou ter realizado algum reparo em sua moradia. Chama a atenção, ademais, que até o 47,84 % deles tem tido que levar a cabo entre dois e três reparos, em frente ao 38,66 %, que só tem feito uma, e o 13,50 %, que tem realizado mais de três.

Nos que respecta à despesa, o 35,65 % dos interrogados investiu mais de 500 euros em avarias e reparos do lar e um 20 % assegura que desembolsó entre 300 e 500 euros. Só um 11 % dos utentes gastou menos de 100 euros.

A partir de 40 fazem-se mais reformas

Pelo que se refere à idade dos utentes, o relatório revela que os interrogados dentre 40 e 50 anos de idade são os que mais reparos têm realizado.

Os cidadãos entre 50 e 60 anos representam, por outra parte, o 27,71 % do total. Em oposição, os menores de 30 só têm realizado um 3 % destas. Ademais, os dados refletem que cinco em cada 10 utentes tinham previsto acometer algun arranjo em suas casas no último semestre do 2021.

A cozinha de uma casa / PEXELS
 

Problemas com os electrodomésticos

Quanto ao equipamento dos lares e ao uso de electrodomésticos nas moradias espanholas, o frigorífico e a lavadora destacam acima do resto, pois estão presentes em mais do 96 % dos lares; seguidos da televisão, que se encontra no 93,28 % das casas. Estes três electrodomésticos supõem mais da metade do consumo energético total dos lares, segundo o Instituto para a Diversificação e Poupança de Energia (IDAE).

Além do maior consumo energético, o relatório destaca também que dos utentes que tiveram que consertar algum electrodoméstico, o 71,43 % investiu em reparos mais de 500 euros.

Múrcia, líder em eficiência energética

A eficiência energética é a cada vez mais uma das prioridades dos espanhóis em suas moradias, um interesse que se reflete nos dados do relatório de HomeServe, que revela que até o 42 % dos interrogados afirma estar interessado na instalação de placas solares, tanto para autoconsumo, como para ligar à rede. Assim mesmo, o 42 % tem intenção de colocar termostatos inteligentes e o 33 % declarou estar interessado em ponto de recarrega para veículos eléctricos.

Um pedreiro instala placas solares no tejado de uma moradia / FLICKR

Na análise regional, o interesse pelo controle energético é mais habitual na Região de Múrcia , onde o 49 % dos utentes afirma ter em sua moradia instrumentos para melhorar a eficiência. Por detrás, seguem-lhe Castilla A Mancha e Andaluzia, onde esta tipologia de dispositivos já está presente ao 41 % e o 32 % dos lares, respectivamente. Por último, destaca o caso das cidades de Madri e Barcelona, onde a percentagem da população que os utiliza é inferior ao 38 % da média nacional, (28 % e 22 % respectivamente).