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Recigarum: o novo fármaco financiado pela Segurança Social para deixar de fumar em 25 dias

Este produto não é apto para menores de 18 anos, maiores de 65 anos nem grávidas ou em período de lactancia

Ana Carrasco González

Una colilla de un cigarro tirada en la acera DAVID ZORRAKINO EP

Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano mais de 8 milhões de pessoas falecem por causa do fumo, dos quais 1,2 milhões são não fumadores expostos à fumaça alheia. Segundo a Encuesta Européia de Saúde em Espanha, o 16,4 % das mulheres e o 23 ,3% dos homens fumam a diário. Se pertences a essa percentagem que desfruta ao dar a relaxada calada ao cigarro, deixar de fumar não é tarefa fácil. Mas tranquilidade, um novo medicamento, Recigarum, converteu-se na grande esperança para milhões de pessoas que querem o deixar e não podem.

A cada vez são mais os fumadores que têm tentado "estacionar" este hábito tóxico. De acordo à mesma encuesta, o 22 % da população espanhola considera-se exfumadora. Ainda que o mais importante é a força de vontade, também há medicamentos que ajudam nesta tarefa. É o caso de Recigarum, que o Ministério de Previdência tem decidido financiar.

Assim é Recigarum

No passado mês de fevereiro aprovou-se o primeiro medicamento para deixar de fumar em mal umas semanas, Todacitan, que esteve esgotado na maioria das farmácias. Agora, este novo fármaco tem o mesmo princípio activo: citisiniclina.

Imagem de Recigarum / ADAMED - EP

Trata-se de um alcaloide que se extrai das árvores e que já se utilizou durante a Segunda Guerra Mundial como substituto do fumo. Também para tratar os sintomas de doenças tão comuns como a insónia, a migraña e inclusive o estreñimiento. Este fármaco, que está autorizado nos estados membros do Espaço Económico Europeu, custa 111 euros. Mas, como precisa receita médica, pode se efectuar uma rebaja de ao menos o 60 % (dependendo da renda do paciente).

Como o usar

A duração do tratamento é de tão só 25 dias. Uma sozinha embalagem, que contém 100 comprimidos, é suficiente para completar o tratamento com sucesso. Devem tomar-se com a seguinte pauta:

  • Do 1.º ao 3.º dia. 1 comprimido a cada 2 horas, com máximo de seis comprimidos.
  • Do 4.º ao 12.º dia. 1 comprimido a cada 2,5 horas, com um máximo de cinco comprimidos ao dia.
  • Do 13º ao 16º dia. 1 comprimido a cada 3 horas e não mais de quatro.
  • Do 17º ao 20º dia. 1 comprimido a cada 5 horas. O máximo diário é de três comprimidos.
  • Do 21º ao 25º dia. 1-2 comprimidos ao dia. E esse é o máximo, dois comprimidos.

Deve-se deixar de fumar não mais tarde do quinto dia de tratamento. E o que é importantíssimo: "Não deve seguir fumando durante o tratamento porque isto poderia piorar as reacções adversas". Em caso de falhanço do tratamento, este deve se interromper e poderá se retomar após 2 ou 3 meses.

Quem não pode o usar

  • Alérgicos à citisiniclina ou a algum dos demais componentes deste medicamento se padece angina instável.
  • Antecedentes de infarto de miocardio recente.
  • Pessoas com arritmias cardíacas com relevância clínica ou derrame cerebral.
  • Grávidas ou em período de lactancia.
  • Menores de 18 anos.
  • Maiores de 65 anos.

O prospecto também indica que "actualmente se desconhece se citisiniclina pode reduzir a eficácia dos anticonceptivos hormonales de acção sistémica. Se está a utilizar anticonceptivos hormonales de acção sistémica, deve acrescentar um segundo método de barreira (preservativos)".