O azeite de oliva virgen extra (AOVE), a preços de ricos. Esta poderia ser, perfeitamente, a conclusão à que chegam o consumidor médio quando vai ao supermercado. A escassez de produto, a má colheita, a falta de chuvas ou a inflação são os principais factores que explicam este incremento de preços.
O preço actual do ouro líquido supera, em muitos casos, os 10 euros o litro. Ante este encarecimiento, é evidente que são muitas as pessoas que procuram outras alternativas. Estas passam por categorias como o azeite de oliva virgen ou o azeite de oliva, sem mais. Neste último caso, Consumidor Global tem elaborado um ranking com as dez marcas brancas que existem no mercado por menos de nove euros.
A melhor opção por sua relação qualidade-aprecio
As marcas estão ordenadas por seu preço. Agora bem, o desempate vem dado pela relação qualidade-aprecio que apresentam a cada uma delas. Mercadona é uma das melhores opções. Enquanto a diferença de preço com respeito a Alcampo ou Carrefour é quase inapreciable. Seu azeite de oliva, a diferença dos anteriores, está elaborado a partir do refinado e o AOVE.
Os preços mais elevados registam-nos Dia (7,20 euros), O Corte Inglês (7,45 euros) e Lidl (8,49 euros). Enquanto nos dois primeiros casos não supõe uma diferença demasiado notável, o supermercado alemão sim que apresenta uma diferença muito notória com respeito ao resto. O Corte Inglês é dos que melhores relação qualidade-aprecio apresenta. É um produto elaborado com virgen extra. Num ponto intermediário ficariam as marcas de Bonpreu, Eroski ou Ahorramás. Em todos os casos, o azeite de oliva se elaborou a partir de refinados e azeite de oliva virgen, sem chegar a ser extra.
Comparativa com primeiras marcas
O verdadeiro é que as marcas brancas oferecem uma clara vantagem em frente às primeiras marcas: apresentam um produto algo mais barato. Uma diferença que pode fazer que o cliente se decante pelas opções mais económicas. Por exemplo, o azeite de oliva Carbonell de um litro custa em Alcampo 9,99 euros. 3,20 euros mais caro que o produto de Auchan.
Uma diferença que compartilha com Carrefour ou Ahorramás, por exemplo. A discrepância em preços entre primeiras e segundas marcas não se limita ao azeite de oliva. O AOVE da marca O Corte Inglês em formato de um litro custa 8,50 enquanto esse mesmo produto da marca Carbonell ascende aos 10,65 euros.
Azeite de oliva para cozinhar
Certamente, nenhum azeite pode competir com os benefícios para a saúde que contribui o AOVE. É a versão mais natural. Assim o explica a este meio Noelia Navarro, directora técnica de Tudietista. A experiente em nutrição assegura que é melhor o reservar para tomar em cru. É a melhor forma de aproveitar todas suas propriedades antioxidantes, minerales, vitaminas ou ácidos grasos.
"Quando se submete a um processo de calor, esses benefícios se perdem". Por tanto, o azeite de oliva pode ser uma opção mais proveitosa para cozinhar. "Um azeite de oliva é um produto processado, o natural é a azeitona. Quanto menos processamento tenha, muito melhor e mais nutrientes contribui e mais benefícios terá em nossa saúde", conclui Navarro.
E os refinados?
Quiçá muitos consumidores estejam a pensar em passar ao azeite de girasol ou inclusive ao de orujo. A julgamento da nutricionista, não são as melhores opções "ainda que todo depende do contexto da cada família".
O problema com o azeite de girasol recae na relação entre Omega 3 e Omega 6. Esta não é tão boa como no AOVE, segundo explica Navarro. O caso do orujo é comparável às salchichas. "É como o desfeito", argumenta a experiente. "Não seria muito interessante à hora do utilizar em casa", conclui.