Os supermercados Dia estão no foco após que Rússia decidisse atacar Ucrânia. O motivo é claro. Leterrone Investment Holdings, cofundada pelo magnata russo Mikhail Fridman, controla mais do 77 % da corrente.
A União Européia tem acrescentado a mais de uma veintena de empresários e personalidades de diferentes âmbitos a sua lista de sancionados pelo ataque russo. Entre eles figura Fridman.
Dia se desmarca de Fridman
No entanto, Dia tem querido desmarcarse desta figura e tem emitido um comunicado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) para sublinhar que é Letterone, e não Fridman, o que controla a assinatura. "Nem o senhor D. Mikhail Fridman nem o senhor D. Petr Aven ostentan o controle de LIHS", tem enfatizado.
Como consequência, Dia considera que "não se vê afectada em modo algum, nem directa nem indirectamente pelo novo pacote de sanções" adoptado pela UE.
A postura do magnata russo
Por sua vez, Fridman tem pedido numa carta enviada a seus trabalhadores o fim do "derramamiento de sangue" em Ucrânia e tem querido distanciar do presidente de Rússia, Vladimir Putin. Assegura que nem ele nem sua malha societária "têm nenhuma relação financeira ou política com o presidente Putin ou o Kremlin" e que é "um investidor em longo prazo comprometido com empresas européias".
Assim mesmo, o empresário tem anunciado que impugnará as sanções européias e tem assegurado que a resposta de Bruxelas à guerra de Ucrânia está baseada em "falsidades malintencionadas e deliberadas".