Um estudo do centro de investigação Funcas tem proposto criar um imposto sobre os bilhetes de avião e instaurar uma taxa municipal de congestionamento para o tráfico de determinadas cidades. O objectivo não é outro que reduzir a contaminação e cumprir com os objectivos meio ambientais propostos por Espanha e Europa.
No documento O futuro da energia, os experientes concluem que o actual sistema fiscal não contribui de forma eficaz ao lucro dos compromissos espanhóis no âmbito meio ambiental. Assim, recomendam reduzir o ónus fiscal general que suporta a electricidade, mas com um efeito progressivo, ainda que são conscientes de que isto poderia causar um impacto negativo nas arcas do Estado e no medioambiente.
Novos impostos compensatórios
Por isso, instam a compensar esta baixada com a reforma da tributación dos combustíveis de aviação, marítimos e agrários, estabelecendo, por exemplo, um imposto sobre os bilhetes de avião ou criando novos impostos municipais sobre o congestionamento do tráfico em algumas cidades.
O documento adverte de que a ambição climática de Espanha deve enfrentar importantes reptos tecnológicos e sociais para atingir o objectivo de ser uma economia neutra em carbono em 2050, tais como electrificar ao menos a metade da economia, desenvolver novos vetores energéticos como o hidrogênio e transformar sectores finque como o transporte, os edifícios ou a indústria.
Despliegue de recursos
Por isso, constata que esta transição vai requerer um volume ingente de recursos económicos, sendo necessário multiplicar por até cinco vezes a taxa anual de instalações renováveis ou por 25 o despliegue de baterias. Também estima que terá que dobrar o investimento actual anual em infra-estruturas energéticas durante as próximas três décadas.
Por último, também precisa que o sector da reabilitação energética de edifícios é crítico para atingir a neutralidade climática, toda a vez que supõe um 25 % das emissões de gases de efeito invernadero. Não obstante, isto requer um investimento dentre 10.000 e 30.000 euros por habitante nos próximos oito anos, que se situa muito acima dos orçamentos municipais habituais.