O preço média da luz para os clientes de tarifa regulada vinculados ao mercado mayorista baixa nesta quarta-feira, 18 de outubro, um 43,9 % com respeito a esta terça-feira, até os 60,74 euros por megavatio hora (MWh).
Por faixas horárias, o preço máximo, de 102,56 euros/MWh, registar-se-á entre as 19.00 e 20.00 horas, enquanto o preço mínimo deu-se entre as 04.00 e as 05.00 horas, com 5 euros/MWh, segundo os dados provisórios do Operador do Mercado Ibério de Energia (OMIE).
O nível mais baixo desde agosto
Desta maneira, o preço da luz prossegue à baixa, após que nesta segunda-feira -com 141,05 euros/MWh- tocasse seu nível mais alto desde o passado 6 de março, quando atingiu os 147,77 euros/MWh. Esta baixada estará impulsionada pela chegada das borrascas à Península, que iniciar-se-á nesta terça-feira com a entrada de 'Babet', que deixarão assim fortes ventos e precipitações.
Os 60,74 euros/MWh em media para a jornada desta quarta-feira será assim o nível mais baixo para um dia do 'pool' desde o passado 27 de agosto, quando se situou em 52,31 euros/MWh. No que vai de outubro, a média do mercado eléctrico se situa nos 112,23 euros/MWh, em frente aos 127,21 euros/MWh que registou o 'pool' no mesmo mês de 2022.
Baixa produção eólica e preço do gás mais caro
Na primeira quincena deste mês o repunte tem sido de um 12 % em frente a setembro, ainda que situou-se um 29% por embaixo do nível de faz um ano. Segundo os analistas de Grupo ASE, o preço eléctrico tem seguido uma linha crescente neste mês devido à floja produção eólica, ao que se somou o preço diário do gás, que se disparou um 70 %, e o desacople de duas centrais nucleares.
Mais especificamente, a produção eólica tem sido um 40 % inferior a sua média dos últimos cinco anos. Durante a primeira quincena, a geração desta tecnologia manteve-se em níveis de 81 gigavatios hora (GWh), muito por embaixo dos 140 GWh de média para um mês de outubro ou dos 162 GWh que registou em outubro do ano passado. Também tem tido impacto a parada de duas centrais nucleares (Cofrentes e Vandellós II) que estiveram desacopladas do 9 ao 12 de outubro e um forte incremento na cotação do gás na segunda semana de outubro, segundo Grupo ASE.
Sem excepção ibéria desde fevereiro
Ao preço médio do 'pool' somar-se-ia a compensação às gasistas, que tem que ser abonada pelos consumidores beneficiários da medida, os consumidores da tarifa regulada (PVPC) ou os que, apesar de estar no mercado livre, têm uma tarifa indexada, mas que se situa novamente em 0 euros/MWh, situação que se repete desde o passado 27 de fevereiro.
A denominada 'excepção ibéria' estendeu-se até o próximo 31 de dezembro, depois do acordo atingido por Espanha e Portugal com a Comissão Européia. Assim, se prolongava sete meses, até final deste ano, e não se excluía que pudesse se prorrogar mais tempo se dito marco também se aumentava.