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O preço da luz sobe: há mais de 100 euros de diferença entre a hora mais cara e a mais barata

As previsões para março são boas, apesar de que na jornada da sexta-feira a electricidade superará, em certa faixa, os 120 euros/MWh

Isabel Martínez

bombilla a (1)

O preço médio da luz para os clientes da tarifa regulada vinculados ao mercado mayorista sobe nesta sexta-feira, 15 de março, até os 37,73 euros por megavatio hora (MW/h). Trata-se de um pequeno incremento (de 1,74 euros) com respeito ao dia anterior. Segue sendo uma cifra económica, conquanto não é tão barata como as registadas faz uns dias, quando o valor da electricidade se desplomó.

Com tudo, entre as 10:00 e as 17:00 horas o custo da luz oscilará entre os 10 e os 16 euros o megavatio hora, de maneira que esta será a melhor faixa para pôr os electrodomésticos.

A hora mais cara e a mais barata

A luz será mais barata de 11 a 12 horas, quando pagar-se-á a 5,05 euros/MWh. Em mudança, o preço máximo da electricidade chegará entre as 20 e as 21 horas, quando atingirá os 123,58 euros/MWh.

Aerogeradores, cuja alta produção faz baixar o preço da luz / PEXELS

Apesar deste dado, a tendência geral segue sendo boa. Neste sentido, na semana do 26 de fevereiro ao 2 de março fechou com 4,53 euros por megavatio hora (MWh), o dado mais baixo desde que há registros.

Por que a luz baixa quando há borrascas

As borrascas costumam vir acompanhadas de fortes ventos, o que aumenta a produção de energia eólica. Assim, o preço da luz pode baixar, já que a produção das centrais eléctricas mais caras (que costumam ser as que funcionam com combustíveis fósseis) não são necessárias.

De facto, no final de fevereiro atingiram-se quotas de 75% de energias renováveis durante alguns momentos, o que possibilitou que Espanha tivesse, durante vários dias seguidos, a electricidade mais barata de Europa.

Baixada de preço em abril

O preço da electricidade poderia baixar em abril até os 20 euros o megavatio hora (Mwh), inclusive com horas a zero euros, se o vento contribui mais de 25% ao 'mix' energético, segundo as estimativas do director geral de Tempos Energia, Antonio Aceituno.

Uma pessoa muda uma bombilla / FREEPIK

"Nosso país está a ser varrido pela eólica pelos quatro custados, ademais, salvo períodos muito curtos, fá-lo com contundência e continuidade", tem afirmado o experiente. "Só se a inyección do vento contribuísse ao redor de 20%, as cotações do pool eléctrico situar-se-ão em 'cotas confortáveis' dentre os 40 e 50 euros o megavatio hora, similar às de 2019", tem explicado.

Competitividade do mercado

Segundo Aceituno, no mês de março tem surpreendido a todos por sua grande competitividade, arrojando uma média diária por embaixo dos 15 euros/Mwh. De seguir assim, "março em termos absolutos converter-se-á no melhor mês de todos os tempos", por embaixo dos 19,63 euros MWh atingido em março de 2010 e os 17,12 euros de fevereiro de 2014.

Para o experiente, o segredo melhor guardado que explica este "palco súper competitivo" reside "no comportamento das centrais a gás", cuja participação no mix energético segue, a dia de hoje, manejando os preços do pool.