O Banco de Espanha deixa claro que passa se se devolve algum recebo, como o da electricidade, o água ou o telefone. Segundo o organismo, esta prática pode ter riscos para o consumidor, como perder o fornecimento ou se enfrentar a recargos ou sanções.
Os clientes têm direito a devolver um recebo se consideram que há algum erro ou que não têm dado seu consentimento para o cargo. No entanto, adverte de que há que explicar o motivo da devolução ao emissor do recebo, já seja a empresa fornecedora ou a administração pública, para evitar malentendidos ou consequências negativas.
Os riscos
Segundo o Banco de Espanha, se a devolução produz-se porque cobrou-se por erro ou porque precisa-se liquidez urgente, e não se comunica a causa, se corre o risco de que a empresa fornecedora ache que se renuncia ao serviço e proceda a cortar o fornecimento. Isto pode ocorrer com a luz, o água ou o gás, entre outros serviços básicos.
A devolução pode fazer num prazo máximo de oito semanas (se o cargo estava autorizado) e de treze meses (se não o estava). Em caso de um recebo não autorizado, o banco tem 10 dias hábeis para devolver o custo cobrado.
Os requisitos
Para pedir a devolução de um recebo, sempre que esteja autorizado anteriormente, devem-se cumprir dois requisitos. O primeiro deles é que o utente não tenha informação do cargo que se lhe tem realizado. E a segunda das condições é que, após vários pagamentos de uma quantidade que seja superior ao habitual, não se disponha de um recebo.
"Se a devolução produz-se porque giram-nos um recebo por erro ou porque precisamos liquidez urgente nesse momento, se não explicitamos a causa corremos o risco de que a empresa fornecedora ache que anulamos o serviço", explicam desde o Banco de Espanha. Em caso destes cargos sejam por parte de administrações públicas como a Agência Tributária ou a Segurança Social, a devolução pode repercutir de forma negativa, gerando recargos, perdas de subvenções ou bonificaciones em posteriores recibos.