Loading...

Packlink irrita a seus clientes com os pacotes enviados: "Inventam-se sobrepeso e cobram-to"

A empresa de paquetería recebe críticas por parte dos utentes que asseguram que a companhia realiza cobranças uma vez enviados os pacotes em conceito de excesso de importância e medidas que não se correspondem à realidade

Ana Siles

EuropaPress 3574911 mensajero entrega paquete

Para enviar pacotes existe uma ampla oferta de empresas dispostas a fazê-lo. Prometem os preços mais baixos. As melhores condições para o consumidor interessado em realizar algum tipo de envio nacional ou internacional. Quando se trata de objetos pesados, o utente também procura as melhores alternativas. Poder mandar uma mesa ou outro tipo de mueble por um bom preço é o objectivo.

Packlink ajuda aos internautas a encontrar a opção mais adequada. Trata-se de uma plataforma que permite comparar e contratar envios de paquetería com outros transportadores. A companhia explica que trabalha com Correios, Correios Express, GLS, Seur, UPS ou DHL, entre outros. No entanto, Packlink não parece contentar demasiado a seus clientes. Sua pontuação de 2,7 (sobre 5) em Trustpilot assim o demonstra. Mas, por que?

Provas que nunca chegaram

Manuel Ou. é um dos utentes aos que Packlink não tem conseguido satisfazer. Conta que leva dois anos usando a plataforma para fazer envios. "De repente começam os cargos por excesso de importância", explica o jovem. O envio sempre é o mesmo produto cujo peso é 0,4 kilogramos. "Dizem-me que o pacote pesa 1 kg e lhes digo que é impossível", acrescenta.

Um carteiro de Correios entrega um pacote / EP

Este utente assegura que, desde Packlink, lhe pediram provas para demonstrar o peso de seu pacote. Uma solicitação à que Manuel Ou. respondeu pedindo as mostras que verificassem que o pedido pesava um quilo. "Não contestam e à semana mo fazem outra vez", expõe. "Não vos fieis do orçamento que vos dão, depois se inventam o sobrepeso e to cobram", limpa.

Packlink, lava-se as mãos?

Packlink explica a Consumidor Global que todos os serviços que oferecem são realizados por um terceiro, o transportador. Fontes da companhia argumentam que o preço que se cobra inicialmente se calcula segundo os dados que oferece o cliente. Agora bem, este custo depende de cinco parâmetros: transportador, tipo de serviço, origem, destino, peso real (kg) e peso volumétrico (medidas). "Em caso que as dimensões (peso real ou o volumétrico) difiram das facilitadas pelo cliente à hora de fazer a contratação, o preço do serviço varia", explicam desde Packlink a este meio.

Um repartidor junto a vários pacotes / PEXELS

A empresa assegura que todos os transportadores contam com máquinas de medida e classificação precisas. "Uma vez que recolhem e transitam a mercadoria em sua rede, proporcionam a Packlink informação auditada das dimensões e comunica a diferença de preço que o transportador incluirá em sua factura a Packlink". A companhia sustenta que sim informam ao cliente do custo do cargo adicional. Fazem-no mediante correio electrónico.

"Sois uns ladrões"

Um caso similar ao de Manuel Ou. ocorreu-lhe a Laia P. Neste caso, Packlink cobrou-lhe 100 euros um mês e meio após realizar o envio. A utente assegura que se tratou de um cargo ao cartão de crédito sem sua autorização prévia.

Uma pessoa prepara um pacote / PEXELS

"Dizem-me que meu pacote de 700 gramas em realidade pesava 26 kg", expõe a utente. "São incapazes de dar-me as provas conforme meu pacote excedia o peso e as medidas", acrescenta. A internauta assegura que tem reclamado seu dinheiro várias vezes sem sucesso. "Fazer cargos económicos sem provas é ilegal. Sois uns ladrões", limpa.

A responsabilidade recae sobre as Agências de Transporte

Segundo Packlink, os cargos adicionais dependem das agências de transporte. São os próprios clientes quem elegem com qual querem realizar o envio. "Por este motivo, Packlink não pode fixar os custos exactos dos cargos adicionais", expõe a empresa.

Uma pessoa abre um pacote / PEXELS

Nos termos de condições e serviços, a companhia aclara que o utente aceita que a empresa esteja autorizada a carregar e cobrar os recargos automaticamente pelo mesmo método de pagamento. Packlink especifica que é obrigatório introduzir o peso e as dimensões exactas. "Todos os pacotes/mercadorias são escaneados várias vezes pela agência de transporte", recorda a plataforma.

Como evitar estas situações

Magda Sowierszenko, responsável por comunicação e marca de Packhelp , aclara a Consumidor Global que a cada empresa de transportadora oferece informação sobre o volume e as dimensões dos pacotes que aceitam. "Não existem umas medidas ou um peso que se considerem normais ou que estejam dentro de um regular", aclara. Há alternativas para evitar situações como a de Laia P. ou Manuel Ou. A responsável por Packhelp recomenda usar um packaging com o tamanho adequado para minimizar o peso.

Um repartidor com um pacote / PEXELS

A experiente aconselha eliminar os embalajes extra grandes com recheado ou acolchado extra no interior. "Eleger o tamanho correcto costuma proteger melhor o produto", enfatiza. Outra opção consiste em revisar o gramaje do material com o que se fabrica o packaging. Também é recomendável revisar a durabilidade com respeito aos produtos que se vão enviar. "Talvez, em lugar de usar um cartón de flauta AB, se pode usar um cartón mais ligeiro que também vai proteger os produtos durante o transporte", conclui. Umas medidas preventivas que podem ter em conta os utentes para evitar que se repitam casos como o Laia P. ou Manuel Ou. com Packlink.