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A subida da factura da luz e o gás põe em xeque a 5.000 granjas de frangos
O modelo 'low cost' de produção de frangos salta pelos ares ante o vertiginoso aumento dos custos energéticos das explorações
A Coordenadora de Organizações de Agricultores e Ganadeiros (COAG) denuncia a crítica situação pela que atravessam os ganadeiros avícolas.
Ante o brutal incremento dos custos de produção --gaz, energia, plásticos, água, fertilizantes e pensos-- os ganadeiros advertem de que face ao verão a falta de rentabilidade das explorações pode chegar a provocar um desabastecimiento no mercado de carne avícola e ovos.
As granjas consomem muita energia
A produção avícola de carne requer um consumo de energia muito elevado para manter uma atmosfera favorável de temperatura, humidade e luz as 24 horas, e garantir o bem-estar de uns animais muito vulneráveis a estas condições.
Para os produtores de ovos, o preço da electricidade e as embalagens tem subido até um vinte e cinco por cento e está a afectar gravemente à rentabilidade das explorações e, se a situação não muda, agravar-se-á em verão, quando se intensifica o uso de aparelhos de ventilación e humidificadores.
Um possível desabastecimiento
"É demencial que a corrente de valor do sector avícola se fundamente numa produção a perdas para os ganadeiros. Esperam-se fechamentos em massa de granjas se nas próximas semanas os preços não refletem a escalada de custos", tem afirmado Eloy Ureña, responsável pelo sector avícola de COAG.
COAG vai solicitar ao Ministério de Agricultura uma reunião urgente para abordar esta delicada situação e reclamar um pacote de medidas de apoio que evitem o fechamento de granjas, já que se se chega ao fechamento de granjas nacionais, fomentar-se-á as importações de países terceiros, que não cumprem com as exigentes normativas e altos regulares em matéria de previdência, qualidade e bem-estar animal da UE.
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