Os christmas, em perigo de extinção: só os maiores mandam cartões navideñas

Esta tradição tem ficado relegada, sobretudo no caso do público mais jovem, a felicitaciones virtuais através de WhatsApp e outras redes sociais

pexels jonathan borba 3358727
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Faz anos, quando a sociedade era ainda analógica e as redes sociais eram só uma ideia na cabeça de alguns empreendedores, os christmas navideños marcavam recordes de vendas nas papelarias. Adultos e jovens compravam-nos a cada ano para enviar-lhes uma bonita surpresa a seus seres queridos, desejar-lhes umas felizes festas e recordar-lhes sua cariño um ano mais.

No entanto, a digitalização chegou, e com ela WhatsApp, Instagram e Facebook, e a possibilidade de comunicar com qualquer pessoa de uma forma instantânea, também com motivo destas festas. Os jovens, que se adaptaram mais rápido e melhor à tecnologia, já não entendem de christmas de papel, sina de vídeos e felicitaciones enviados por smartphones . Os mais maiores resistem-se a esquecer desta tradição que está em perigo de extinção.

"A gente voltou-se preguiçosa"

Na livraria Velázquez (Madri) têm notado muito esta tendência a digitalizar as felicitaciones navideñas. "Agora temos WhatsApp e redes sociais e, claro, é mais rápido mandar uma mensagem pelo móvel que escrever um christmas e o enviar. A gente voltou-se preguiçosa", lamenta Laura Velázquez, proprietária do local. Desde seu ponto de vista, este artigo "segue-se vendendo, mas não como dantes, tem baixado muito". Calcula que a queda de vendas de christmas navideños tem sido do 75 % nos últimos anos.

"Os clientes que seguem os comprando são os românticos e algumas pessoas maiores, mas a gente jovem nada: acostumou-se aos móveis", diz. "É o produto do que mais se reduziram as vendas, é impressionante", expressa. De facto, Velázquez comenta que em 2020 comprou instâncias e lhe sobraram. "Neste ano já não tenho que comprar porque tenho do ano passado. Dantes vendiam-se todos e agora sempre ficam de um ano para outro. A tendência é a descer", aponta.

Christmas de la papelería Paperco (Madrid) / MARTA PEIRO
Christmas da papelaria Paperco (Madri) / MARTA PEIRO

Os maiores, fiéis aos costumes

Algo similar vivem na papelaria The Pencil (Madri), onde coincidem em que "se estão a vender menos christmas". Neste estabelecimento consideram que sua salvação neste sentido está nos maiores. "Aqui, afinal de contas, ainda se vende algum porque pelo bairro há muita gente maior que segue mandando christmas. Eles sim seguem com este costume, mas a gente jovem compra muito poquito: já estão digitalizados e já não enviam felicitaciones assim, sina com o móvel", explicam.

À hora de comprar, declaram que os clientes "demandam muito os clássicos: os de Papai Noel gostam menos, enquanto os do Portal de Belém ou os Reis Magos triunfam". Ao diminuir a demanda, os encarregados desta loja têm "diminuído compra-a de christmas". "Trazem-nos os christmas, deixam-nos em depósito, e cobram os que se vendem. Os que não, lhos levam", expõem. E sim, levam-se muitos.

Christmas originais

Esta situação choca com a da papelaria Paperco (Madri), onde vendem "um montão de christmas". "Chamam-nos clientes para saber se têm chegado já, e levam-lhos do tirón", contam com orgulho. Cabe destacar que o bairro no que está situado este estabelecimento está habitado por pessoas maiores, fundamentalmente. No entanto, a razão desta febre pode ser que suas christmas são especiais. "Nós vendemos de Reis Magos, e como não há, os fabricamos aqui, e se vendem muitíssimos", descrevem. E acrescentam que o preço não é "precisamente barato, os temos a 3,50 euros". Apesar disso, "no ano passado os liquidamos todos e este esperamos fazer o mesmo", pronostican desde a loja.

Outra das razões que explicam estas vendas pode residir na fidelidade da freguesia. "Levamos seis anos aqui e a gente conhece-nos e sabe o que temos, christmas que são especiais, porque não são como os dos chineses", afirma uma das dependientas. Seja como for, especificam que "no ano passado as vendas se incrementaram muito, até um 25 %". "Como a gente não podia se ver se mandavam muitos, foi uma barbaridad", recordam. Mas não só christmas, sina também carteiras de natal e cartas aos Reis Magos. De facto, sustentam, "vendem-se muitas mais coisas de Reis que de Papai Noel".

Un padre y su hija hacen christmas por Navidad / PEXELS
Um pai e sua filha fazem christmas por Natal / PEXELS

"Chegamos ao 4 de janeiro sem existências"

Similar é a opinião de Paula Rodríguez e Gladis Lachira, encarregadas de uma das lojas da marca Carlín (Madri). "Aqui seguem-se vendendo-se muitíssimo os christmas. Não sê se é pelo tipo de gente que vive na zona", se propõem. Sua loja frequenta-a "muitíssima gente maior à que ainda gosta de comprar christmas para fazer presentes e para pessoas e familiares que vivem fora", observam.

Tal é o sucesso deste produto entre esta faixa da população que nesta loja a cada vez compram mais christmas e vendem mais. "Chegamos ao 4 de janeiro sem existências, quase temos que os plotar nós porque não nos ficam", indica Rodríguez. Concretamente, aprofunda Lachira, "incrementou-se a venda um 20 % com respeito ao ano passado". Aproximadamente, têm "500 christmas nestes momentos, e depois repô-los-ão, porque vendem-se todos". E os que mais gostam, os tradicionais, os christmas do Portal de Belém. "Dependerá da loja e do bairro, mas aqui a cada ano compramos mais unidades porque vendemo-las todas", concluem.

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