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Orgasmos eco-friendly: a moda sustentável chega aos brinquedos sexuais
Cada vez mais marcas do setor dos brinquedos eróticos apostam por produtos ecologicamente corretos para satisfazer a procura dos consumidores
Porque as formas de chegar ao orgasmo são infinitas. Porque cuidar do planeta também pode ser orgásmico. Porque o prazer sustentável é o futuro. Por tudo isso, as marcas e os consumidores optam, cada vez mais, por brinquedos sexuais ecológicos livres de plásticos e de produtos químicos. E é que mudou a forma de viver a sexualidado. E a sociedade, também.
Um sugador de clítoris biodegradável, dildos de vidro, de madeira ou de quartzo, areios veganos, lubrificantes orgânicos 100% naturais ou brincos artesanais e de proximidade são apenas alguns dos brinquedos eróticos eco-friendly que se podem encontrar no mercado. O setor dos brinquedos sexuais adapta-se assim aos novos tempos e a um consumidor mais consciente com o meio ambiente.
Amido de milho
A marca Womanizer, famosa por ter lançadp o primeiro sugador de clítoris em 2014, criou agora o Premium eco, o primeiro brinquedo sexual ecológico, biodegradável e reciclável com tecnologia Pleasure Air -- estimula o clítoris sem contato, por sondas de ar --. Trata-se de um sugador feito de Biolene, um bioplástico constituido por 70% de materiais naturais entre os quais destaca o amido de milho, que estará à venda a partir de 22 de abril por 189 euros.
"O nosso ponto de partida foi encontrar materiais alternativos e ecológicos para substituir os plásticos que não são biodegradáveis", explicam a este meio desde Womanizer. O Premium eco conta com quatro níveis de intensidade, uma autonomia de 240 minutos, uma vida útil de cerca de cinco anos e a promessa da empresa de plantar uma árvore por cada produto vendido. "Queremos demonstrar que os brinquedos sexuais sustentáveis têm procura e são o futuro", dizem.
Outros brinquedos sustentáveis
O Premium eco não é o único produto deste tipo. No mercado on-line já se podem encontrar vibradores biodegradáveis e recicláveis como o Gaia eco, um produto composto da Biofeel -- um bioplástico à base de amido--. "Temos notado um aumento na procura de brinquedos eróticos sustentáveis, que já representam 10% das nossas vendas", aponta Marta Molas, coordenadora de comunicação da Amantis, a rede de lojas eróticas que permite reciclar velhos brinquedos.
"Vendem-se mais dildos de quartzo, de madeira ou de vidro que antes. Os arreios veganos, por exemplo, são muito comuns. Nas nossas lojas resta muito pouco arreio de couro. Produziu-se uma mudança", acrescenta Molas. Nesta mesma linha, a empresa valenciana BS Atelier, que confeciona todos os seus brinquedos eróticos de forma manual, também está a provar um arreio de pele vegana. Os seus produtos, de quilómetro zero, podem-se comprar na loja Os prazeres de Lola, em Madrid. Além disso, outra forma de ser sustentável é fazer produtos com uma longa durabilidade. "A vida útil dos nossos produtos é de pelo menos 10 anos. Utilizamos baterias recarregáveis e tecnologia ponta para garantir uma maior durabilidade", explica Adriana Diippolito, diretora de comunicação de Lelo Espanha, uma marca sueca de brinquedos sexuais.
Lubrificantes ecológicos e veganos
Os lubrificantes ecológicos converteram-se noutro hit entre os produtos sexuais sustentáveis mais habituais no carrinho de compras, segundo expõem vários especialistas à Consumidor Global. "Eu explico os lubrificantes que temos e é mais fácil vender o ecológico porque se trata de um produto que é bom para o planeta e bom para a saúde. Além disso, fazemos isso em Tarragona", comenta Molas. A marca Desliz de Amantis também fabrica lubrificantes ecológicos, orgânicos e veganos de tangerina, morango e outros sabores. Todos eles contam com o certificado ecológico BioVidaSana.
"O lubrificante orgânico é um produto inovador que se vende muito", explica o vendedor da loja de Barcelona A Sexshop em casa. Além disso, nao contrário do que se possa pensar, a diferença de preço entre os lubrificantes 100 % naturais e os que contêm produtos químicos é mínima, pelo que ser sustentável também não sai caro.
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