O preço médio da moradia nova e usada em Espanha incrementou-se um 6,5 % em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2021. Com estas cifras, que tem mostrado a tasadora Tinsa, o custo dos inmuebles recupera cifras que não se viam desde faz uma década, em março de 2012.
A agência de valoração de inmuebles indica que "continua a tendência de ascensão" dos últimos meses nos preços das moradias "ainda que a um ritmo mais moderado", depois do incremento do 0,4 % entre janeiro e fevereiro. No mês passado, a Associação para a Defesa de Consumidores e Utentes de Bancos, Caixas e Seguros (ADICAE), alertou da necessidade de prestar atenção ao mercado imobiliário. Desde este organismo advertiu-se de que o custo médio das hipotecas se situou em dezembro de 2021, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 145.465 euros, acima do dado da hipoteca média de 2008 (142.000 euros).
Subidas de até um 7,6 % no preço da moradia
As maiores subidas nos últimos 12 meses registaram-se nas áreas metropolitanas e nas localidades mais pequenas do interior e da costa atlántica. Estes incrementos, dentre um 7,6 % e um 7,5 % em taxa interanual, contrastam com os das capitais e grandes cidades, cujo repunte em fevereiro foi de 5,6 %.
O preço médio em Espanha tem-se revalorizado um 27,7 % desde o mínimo registado em fevereiro de 2015 e arrasta um descenso do 24,3 % desde os máximos do fechamento de 2007. Ademais, as previsões de Tinsa apontam a que a perspectiva de possíveis incrementos sucessivos das taxas de juro, em combinação com uma inflação que continua ao alça, poderia significar mais compras. Segundo o INE, em 2021 venderam-se em Espanha 565.523 casas.