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O grande consumo adverte: subirão os preços da comida e a roupa se há novas portagens
Os revendedores e fabricantes, entre os que figuram Mercadona e Inditex, pedem ao Governo que o transporte de mercadorias fique isento de um possível tributo pelo uso das autovías espanholas
Aecoc, a patronal do sector do grande consumo, que agrupa a 30.000 empresas entre revendedores e fabricantes (como Mercadona, O Corte Inglês ou Inditex), tem alertado do impacto "negativo" que teria a implantação de portagens nas autovías espanholas.
Segundo o sector, a medida que prepara o Governo provocaria um aumento de custos dentre um 9 % e um 13 % que poderia transladar aos consumidores com uns preços mais altos. Por este motivo, a organização exige que o transporte de mercadorias fique isento de um possível tributo pelo uso das autovías.
Exportações e siniestralidad
"A consequência directa da introdução de um pagamento por uso nas vias de alta capacidade seria um maior custo do transporte por estrada que transladar-se-ia, de eslabão a eslabão, ao longo da corrente. Desde os cargadores, até os produtos e, em última instância, aos consumidores", tem sublinhado Aecoc. De acordo com seus cálculos --entre 14 e 19 céntimos por km-- e em função da tarifa a aplicar, as portagens suporiam um custo dentre 1.400 e 1.900 milhões de euros para as empresas de grande consumo.
Ademais, enfatiza Aecoc, debilitar-se-iam "" as exportações espanholas, já que um 47 % das mercadorias que vende o país fora de suas fronteiras se transladam ao mercado de destino por estrada. Por tanto, o pagamento por uso das estradas seria um novo imposto às mercadorias, já que não existe uma alternativa. Assim mesmo, a patronal também considera que a medida entranharia um risco acrescentado face à siniestralidad (pelo traspasso de tráfico pesado a vias secundárias) e tem instado à Administração a evitar decisões "que lastren a competitividade das empresas" no contexto actual de recuperação económica.
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