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O consumo de gás segue disparado enquanto o Governo negocia limitar seu preço a 30 euros
Tem-se triplicado o destinado a geração de electricidade, segundo os dados da Corporação de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos
O consumo de gás natural aumentou um mais de um 20 % em fevereiro com respeito ao mesmo mês de 2021, até os 34.994 gigavatios hora (GWh), triplicándose (200,9 %) o destinado a geração de electricidade até 9.352 GWh, segundo os dados da Corporação de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos (Cores).
Pelo contrário, o consumo de gás para uso convencional (consumo de lares, comércios e indústrias) desceu o 1,5 %, até os 24.431 GWh, enquanto o de gás natural licuado (GNL) de consumo directo subiu mais de um 10 %, até 1.161 GWh.
O consumo de gás para electricidade
O consumo de gás destinado a geração eléctrica (utilizado pelos ciclos combinados, cujo uso se intensifica quando a demanda eléctrica não se pode cobrir com outras fontes mais baratas, como a nuclear e especialmente as renováveis -incluída a hidráulica-) segue disparado em Espanha, onde o inverno se caracterizou por uma baixa pluviometría e altas temperaturas.
De facto, nos dois primeiros meses de 2022 o consumo de gás para produzir electricidade duplicou-se (129,6 %) com respeito ao mesmo período de 2021. Ademais, o consumo de gás para geração eléctrica foi este fevereiro um 71 % superior ao que teve no mesmo mês de 2019, dantes da pandemia. No actual contexto de altos preços do gás, este combustível está encareciendo os preços da luz até atingir máximos históricos.
Limitar o preço
Por esse motivo, Espanha e Portugal, depois de obter a autorização da União Européia, têm apresentado à Comissão Européia uma proposta para pôr em marcha um mecanismo que limita o preço do gás.
Mais especificamente, ambos governos querem estabelece um preço de referência para o gás destinado a gerar electricidade de 30 euros/MWh até final de ano, com o fim de abaratar o preço do mercado mayorista (pool). Trata-se de uma proposta conjunta sujeita, no entanto, à negociação e o visto bom das autoridades européias.
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