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Nem microchips nem infertilidade: as maiores mentiras sobre as vacinas que deverias conhecer
Segundo os médicos, em Espanha o problema dos antivacinas não está tão difundido como noutros países europeus, mas implica riscos
A pandemia tem propulsado a publicação de informação falsa sobre saúde e, mais especificamente, sobre as vacinas. É uma das conclusões de um estudo sobre boatos em saúde que foi apresentado nesta quarta-feira. "Mais da metade dos pacientes procuraram informação sobre vacinas na rede no último ano", afirmou Carlos Mateos, responsável por Salud Sin Bulos. Quanto aos canais por onde se propagam estas mentiras, Mateos afirmou que circulam mais pelo WhatsApp (43 %) que pelos meios de comunicação (42 %).
Quanto aos boatos mais difundidos, o estudo menciona o boato de que as vacinas são usadas para implantar microchips, para modificar o DNA, que contêm grafeno ou que causam infertilidade. 29% dos pacientes consultaram as suas dúvidas com um especialista.
O relato dos antivacinas não triunfa, mas propaga-se
"Ainda que os grupos antivacinas talvez não tenham conseguido o seu objectivo, geraram mais pesquisas sobre a segurança das vacinas, o que significa que a sua história pegou", expressou Mateos. No entanto, 58% dos questionados considera que os profissionais e divulgadores têm desempenhado um papel fundamental para falar a verdade sobre as vacinas.
Às vezes, Luis Ignacio Martínez-Alcorta, vogal de Inovação na Associação Espanhola de Vacunología (AEV), existe um interesse económico em propagar estas informações de desprestigio. Por sua vez, o Dr. Manuel Menduiña, médico internista no Hospital Virgen das Neves de Granada e membro de Doctoralia, tem sido contundente e tem afirmado que os boatos sobre a vacinação "põem em perigo a saúde da população".
Os boatos propagam-se nas redes graças a 'bots'
Segundo Menduiña, em Granada dforam detectados surtos de sarampo ou caxumba nalguns grupos de população influenciados pelos grupos antivacinas. Por sua vez, Martínez-Alcorta enfatizou que o problema de confiança na vacinação em Espanha não é tão grave como noutros países europeus.
Também lembrou que os movimentos antivacinas começaram no século XIX, e que hoje propagam-se pelas redes sociais graças a bots, trolls russos ou inclusive a personagens políticas influentes da talha de Donald Trump. Da mesma forma, reconheceu que às vezes a razão não basta para convencer os antivacinas, pelo que há que apelar à emoção.
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