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Pallete (Telefónica): "Temos direito a saber quem usa nossos dados, como e quanto valem"

O presidente da teleco espanhola tem defendido levar a digitalização ao seguinte nível no arranque do Mobile World Congress 2021, e

Teo Camino

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Depois do jantar inaugural do Mobile World Congress 2021 (MWC 21), que teve lugar o 27 de junho em Barcelona e reuniu numa mesma mesa a Felipe VI, Pedro Sánchez, Pere Aragonés e Ada Colau, a feira do móvel mais importante do mundo tem dado o pistoletazo de saída no recinto de Grande Via de L'Hospitalet de Llobregat, ao que se espera que assistam entre 25.000 e 40.000 pessoas, um terço dos visitantes de 2019.

Nem a drástica redução do preço das entradas --21 euros para o público local-- tem animado aos espanhóis a ir à primeira feira multitudinaria nos tempos do Covid. Assim, neste ano não terá grandes apresentações de móveis , como é costume, e o 5G, que segue sem terminar de descolar, voltará a ser um dos pilares do evento junto à inteligência artificial, a transição ecológica e o internet das coisas.

Inteligência artificial e transparência de dados

O presidente de Telefónica , José María Álvarez-Pallete, tem defendido no arranque do MWC 21 a ideia de uma digitalização justa que "cohesione" e que "não deixe a ninguém atrás" em seu discurso inaugural do MWC 2021 de Barcelona. O director também tem dito que "há que levar já a digitalização ao seguinte nível com a inteligência artificial".

Telefónica apresentará durante o congresso um centro de transparência de dados destinado aos clientes da companhia. A ideia é que os utentes possam consultar e gerir a privacidade de seus dados de uma maneira mais singela. "Nossa privacidade e nossos dados individuais fazem parte de nossa dignidade. Temos direito a saber quem os utiliza e como, quanto valem e quem se beneficia de seu valor", tem assinalado Álvarez-Pallete.

"Um 40% do tráfico de internet não é humano"

O presidente de Telefónica também tem sublinhado que as redes de telecomunicações já não se limitam a transportar dados, sina que fazem possível o mundo da inteligência artificial. "Até um 40 % do tráfico de internet não é humano, sina que é gerado por máquinas que falam entre si", tem precisado como demonstração desta nova era na que a digitalização "vai produzir uma enorme quantidade de dados que podem ser transformados em informação".

Álvarez-Pallete tem situado a conectividade de última geração como "o primeiro ingrediente" da nova digitalização inteligente junto a tecnologias como o edge computing, a nuvem, a ciberseguridad, o internet das coisas e o big data. Sem esquecer a previsão de um substancial incremento dos dados gerados pela digitalização. "A verdadeira evolução está aí", tem sentenciado Álvarez-Pallete.