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Se queres pagar menos pela música ao vivo do teu casamento, procura uns artistas que vivam perto
Os cachés das bandas e solistas mantêm-se intactos apesar da inflação, que sim afecta o transporte pessoal e técnico para amenizar os enlaces
Aqui não há praia, A ventanita, Salta, a última de Rosalía e até um pasodoble. A lista de canções que pode tocar num casamento é tão infinita e diversa como os tipos de noivos. É que a música converte-se num elemento essencial em qualquer celebração deste tipo, tal como os artistas que a fazem tocar. Num contexto no qual a inflação sobe os preços de tudo, o que custa ter música ao vivo num casamento pouco mudou. A chave está no transporte e na gasolina, que sim podem aumentar (e muito) os preços finais.
"Os cachés não mudaram quase nada, o que sim subiu foi a deslocação, sobretudo quando se precisa transportar muita equipa e pessoal", explica à Consumidor Global Maripi Ruz, wedding planner da Imagina tu boda na Extremadura. Esta agência, como o resto dos seus concorrentes, põe os noivos em contacto com o tipo de artistas que desejam animar o seu casamento, bem como a gestão do orçamento.
A música ao vivo mantém os cachés
"O preço aumentou um pouco, mas nada desproporcionado comparado com outros serviços como o catering", concorda Cristina Amodeo da La organizadora de suenos. No entanto, e como assinalam da Bodas.net, "há que ter em conta que os casais que se casam esta temporada, a maioria tinham tudo fechado com bastantes meses de antecedência" e, por isso, muitos preços de artistas, bandas e DJ's e música ao vivo mantiveram-se todo este tempo.
"Nós mantivémos os cachés dos nossos artistas, de facto, com a pandemia chegaram a baixar um pouco e agora, com toda a onda de celebrações, voltaram ao mesmo preço de antes", afirma Jordi Serra, fundador da Oh My Show, empresa dedicada à contratação de músicos. No caso dos seus serviços, contratar um artista por esta empresa sairá mais barato se se faz para perto da capital, já que "os nossos artistas estão em Madrid e o preço final vai depender do trajecto que tenham que fazer", enfatizam.
750 euros para animar um casamento
O dinheiro que, em media, gasta um casal por pôr música no seu casamento é de 750 euros, segundo o Livro imprescindível dos casamentos, publicado pela Bodas.net em colaboração com o professor da escola de negócios Esade, Carles Torrecilla.
A variedade de orçamentos, no entanto, é tão grande como os tipos de artistas que se oferecem. "Eu tenho trabalhado com valores que vão desde os 600 euros até os 5.000 euros por um serviço de DJ para todo o dia", conta Cristina Amodeo, da La Organizadora de Sueños. A figura do DJ, segundo conta, é a mais procurada pelos noivos. De facto, 73% dos casais opta por contratar uma única pessoa para fornecer o som e tocar as canções durante o bar aberto.
As bandas ao vivo para a hora do 'cocktail'
A concepção da música ao vivo nestas celebrações já não é a mesma que há uns anos. Agora, a orquestra ou grupo passa a um segundo plano e cede aos DJ's o famoso, mas arriscado passe da bar livre. "Os grupos ao vivo costumam reservar-se mais para o cocktail, enquanto o DJ é o encarregado de fechar a festa", aponta Cristina Amodeo.
"O mais normal é que os próprios noivos escolham a música que vai tocar, façam a sua lista e a passem ao artista para que trabalhe sobre ela", acrescenta Maripi Ruz da Imagina tu boda. A duração dos bares abertos e, por isso, do serviço de DJ está em torno das quatro horas, ainda que "como já se sabe, muitas vezes alonga-se um par de horas ou três e negocia-se o custo insitu ", comenta Ruz.
Formações de todo o tipo
As opções de música ao vivo durante a hora e meia que costuma durar o aperitivo são variadas. Desde grupos de flamenco, rock e pop, até agrupamentos especializados em música latina ou jazz. Todas elas com um número de membros que vai desde os 3 ou 4 músicos até a dezena nas formações mais completas.
Quanto aos seus preços, costumam custar uma média de 1.500 euros a hora, em função do número de artistas e se a equipa de som e iluminação é fornecido.
Atuações de 15 minutos por 600 euros
Outra opção artística que está na moda nos últimos anos, segundo as agências, são os músicos a solo. Violinistas ou saxofonistas que actuam durante de 15 minutos durante o banquete e no bar aberto. "Estes músicos costumam cobrar uns 600 euros por quatro atuações de quatro canções cada um", conta Maripi Ruz.
Por outro lado, as formações musicais mais económicas num casamento são as que actuam nas cerimónias, como dúos de órgão e voz, cujos preços rondam entre os 350 euros e os 500 euros. "Os grupos de igreja são os mais baratos porque as cerimónias duram uns 45 minutos e, além disso, as actuações não são contínuas, mas sim que intervêm em determinados momentos", conclui Ruz.
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