0 comentários
Mundimoto: como funciona o Wallapop das motos em segunda mão "com garantias"
Esta loja de formato híbrido conta com um catálogo de mais de 1.000 motocicletas que envia num máximo de 48 horas para a casa do cliente com todos os papéis em ordem
Entrar na Wallapop. Rastrear entre centenas de ofertas com os preços inflacionados. Ficar perto da casa do vendedor. Ver se a moto está em bom estado. Ou adivinhá-lo. Pagar mais de 2.000 euros e fiar-se na palavra de um desconhecido como única garantia é um desporto de risco. Além da documentação impenetrável --mudança de nome, documento de compra, etc--. Mas comprar uma moto em segunda mão não tem porque ser assim complicado. "O comprador procura facilidades e tranquilidade, e isso é o que lhe oferecemos", expõe Josep Talavera, CEO da Mundimoto, uma loja de motos de ocasião, com presença on-line e física em Barcelona, que oferece garantias.
No último ano, com a crise dos semiconductores e um stock de motos novas cada vez mais reduzido, o mercado de segunda mão cresceu 25% em Espanha. Para além dos próprios concessionários e de plataformas de compra entre particulares como a Wallapop e a Milanuncios, não abundam as lojas de motocicletas de ocasião, "e nós queremos aproveitar este vazio do mercado e a febre do reacondicionado", aponta Talavera.
Como funciona a Mundimoto?
A grande diferença face a ap0licações como a Wallapop ou a Milanuncios é que a Mundimoto compromete-se a recolher a tua moto em casa, no caso de que a queiras vender, num prazo entre 24 e 48 horas. O mesmo prazo serve para a entrega ao domicílio em toda a península e Baleares do modelo eleito num catálogo de mais de mil referências entre as quais há motos de todas as marcas e categorias.
A todas as motos "fazemos uma revisão geral que consta de 80 pontos e as colocamos à prova ", explica o CEO da empresa, que enfatiza que não o cliente final testá-las por uma questão de "segurança", mas que sim as podem ir ver ou "mandamos um vídeo se és de fora". Outra das grandes vantagens é que a moto chega ao consumidor com a mudança do nome feito e os papéis originais da moto graças a um convênio que tem a empresa com a Direcção Geral de Tráfico (DGT).
Assim é a Wallapop das motos "com garantias"
"O ponto débil da Wallapop é que não tens nenhuma garantia", lembra Talavera, cuja empresa oferece um ano de garantia em todas as suas motos e a opção de pagar 290 euros por um segundo ano de proteção do veículo. Além disso, enquanto nas plataformas de segunda mão pagam em dinheiro no local, a Mundimoto aceita como forma de pagamento o oferecer uma moto usada e inclui um financiamento de até 60 meses do preço final.
Ao rastrear no site da Mundimoto e na Wallapop, por exemplo, não se verificam diferenças de preço substanciais. Na verdade, se se procura na Wallapop Vespa LX 125, três dos primeiros quatro anúncios pertencem à Mundimoto. O mesmo sucede ao escrever Ducati Monster.
As marcas e modelos mais vendidos
70% das suas vendas são on-line, e os modelos mais vendidos são clássicos como a Funda SH e a Yamaha Nmax. Também saem bastante as marcas taiwanesas Kymko e Sym, que se destacam pela sua boa relação qualidade-preço, ou motos de maior cilindrada como a Kawasaki Z800.
Em janeiro de 2021 "vendemos 40 motos. Este janeiro já vendemos mais de 600", explica Talavera, que afirma que a fatura média da Mundimoto antes era de 2.000 euros, mas que agora é de 4.000 porque também saem muitas motos de estrada tipo BMW e Ducati. "A mobilidade nas cidades cada vez é mais complicada, e com o Covid há mais pessoas que se mostra receosas de ir de autocarro ou metro e opta por investir num veículo próprio", diz o CEO desta empresa que espera expandir o seu negócio para Itália, Holanda e Polónia em 2022.
Desbloquear para comentar