A morte da rainha Isabel II que tem mantido em pânico o Reino Unido e grande parte do mundo, no general disparará as compras de produtos e souvernirs relacionados com a família real, segundo os especialistas.
"Sempre costuma ocorrer quando se consegue uma repercussão mediática deste calibre em tantos pontos do globo pendentes deste tema e especialmente no Reino Unido que são propensos à compra de produtos relacionados com a monarquia", explica à Consumidor Global Arancha Mielgo, professora e doutora em Comercialização e investigação de mercados na Universidade Ceu San Pablo.
Rainha do 'merchandising'
Tal como ocorreu no casamento do príncipe Harry e Meghan Markle ou durante o Jubileu de Platina para homenagear a soberana, os especialistas em vendas auguram de novo um enorme 'merchandising' sobre a realeza. Pratos, chávenas, relógios, meias, grirnaldas, pósters, bolachas, t-shirts, inclusive roupa para animais de estimação. Qualquer objeto é susceptível de levar a imagem de Isabel II, e a verdade é que se vendem como pães quentes.
É que, nem Marilyn Monroe, nem o Che Guevara, a celebridade que dá lugar a mais objetos de lembrança ou coleccionista com a sua imagem ou a de aspectos relacionados com ela é Isabel II. De facto, só em 2019, a Casa Real britânica ganhou 70 milhões de euros graças ao turismo, dos quais, uma parte importantíssima procedia da venda de souvenirs e objetos relacionados com a Rainha e tudo o que a rodeia.
Uma variedade de produtos
"A isso também se lhe soma que é uma pessoa que conseguiu uma longevidade invejável e pouco habitual. Tudo se soma em minha opinião", aponta Mielgo. Tanto é sua popularidade pelo seu reinado tão longo que tem a sua própria colecção "Monarca com o reinado mais longo" no website Royal Collection, onde se pode encontrar até uma bandeja oval de edição limitada de até 295 libras esterlinas, o que equivale a quase 340 euros.
A Rainha Isabel II tem mesmo dois funkos personalizados. Um por 25,18 euros e outro por 25,90 euros, chegando a cativar a população mais jovem com este tipo de objetos. Do mesmo modo, no Reino Unido, não há rua que não tenha uma loja de souvenirs com a cara da monarca em alguma chávane, porta-chaves…"Ocorre também com escritores e cantores. Que as vendas, e muitas vezes o reconhecimento, são muito melhores pós mortem", enfatiza Neus Soler, professora de marketing na Universidade Aberta de Cataluña (UOC).
A maior colecção da família real
De facto, a Royal Collection é a loja on-line da Casa Real britânica e uma das colecções de arte maiores e de maior distribuição no mundo. "Com mais de um milhão de objetos, é um registro único e valioso dos gostos pessoais de reis e rainhas durante os últimos 500 anos", assinalam no seu website que agora mesmo se encontra fechado por luto.
Mais especificamente, a Royal Collection é administrada por Royal Collection Trust, uma organização de caridade registada. "Os rendimentos de cada compra que realize contribuem directamente para o cuidado da Colecção Real, que não é propriedade pessoal da Rainha, mas é mantida em confiança como Soberana para os seus sucessores e para a nação".