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O método para defraudar milhares de euros a uns grandes armazéns que usava um clã familiar

A Polícia Nacional tem detido em Málaga a quatro pessoas que chegou a realizar 211 operações fraudulentas em mal um ano

Consumidor Global

La Policía Nacional detiene a cuatro personas de un clan familiar por estafar 14.000 euros a unos gr

A Polícia Nacional tem detido a quatro pessoas, todas elas de um mesmo núcleo familiar, por seu suposto envolvimento num delito de fraude continuada a uns grandes armazéns em Málaga capital. A fraude, que ascende a quase 14.000 euros, se materializou por meio do troco de uns cupones descontos promocionais, obtidos de modo ilícito mediante compras on-line no site do estabelecimento.

A trama chegou a realizar até 211 operações fraudulentas, em mal um ano, segundo tem indicado a Polícia Nacional num comunicado. A operação 'Balín', realizada por agentes adscritos ao Grupo I de Delitos Económicos da Delegacia Provincial, iniciou-se a partir da denúncia de um responsável por uns grandes armazéns comerciais em Málaga, após detectar uma devolução de mercadoria no que duas pessoas faziam uso de uns vales descontos promocionais obtidos fraudulentamente.

Assim operam

Segundo as pesquisas, os pesquisados cadastravam-se como novos clientes na página site da companhia prejudicada, através de diferentes contas de correio electrónico. Para isso, a trama gerava vários perfis de utentes nos que empregavam suas próprias identidades, alterando alguns dados ou, às vezes, contribuindo identidades falsas. O objectivo era burlar as medidas de segurança do sistema de comércio electrónico, operando como utentes independentes, quando em realidade se tratavam dos mesmos sujeitos.

Um emblema da Polícia Nacional / FLICKR

Assim, o clã familiar gerava mensalmente diferentes perfis de utente e correios electrónicos para fazer uma única primeira compra no site da grande superfície, que obsequiava a estes "novos" clientes com um cupón em formato digital com um código de desconto equivalente ao 10 % da compra.

Mantinham o cupón

Anteriormente, a trama cancelava o pedido, não se anulando o cupón promocional vinculado a essa compra, podendo utilizar dito custo em outra aquisição e com outro perfil de utente, ou bem, depois de receber o produto no domicílio, realizar a devolução no estabelecimento físico por parte de diferentes membros, que se trocavam para não levantar suspeitas.

Levando o caso a um exemplo prático, se os estafadores faziam um pedido de uma televisão no site da empresa por valor de 1.000 euros, aqueles abonaban o custo íntegro e recebiam um cupón de 100 euros para uma próxima compra. Não obstante, a trama cancelava o pedido ou devolvia-o em loja física, mantendo o cupón de 100 euros, sendo acumulativos a outros vales desconto.

Compra-a

Mediante este modus operandi, a trama conseguia numerosos cupones, que depois trocavam pára a compra de electrodomésticos, consolas, televisões, entre outros efeitos, que punham à venda no mercado negro.

As indagaciones permitiram identificar aos membros do clã, um homem e três mulheres, todos eles detentos por um delito de fraude continuada. Num registro na moradia do principal suspeito, intervieram-se duas televisões, três videoconsolas, dez comandos de consolas, 40 videojuegos, quatro telefones móveis, 860 euros em numerário, e uma ingente quantidade de documentação relacionada com a fraude.