Mercadona tem dado por finalizado o procedimento aberto pela Agência Espanhola de Protecção de Dados (Aepd) e abonará os 2,5 milhões de euros de sanção proposta por este organismo em relação com a prova piloto que declarou durante vários meses --foi desinstalada em maio-- em 48 dos 1.640 supermercados dos que dispõe, segundo têm informado fontes da companhia.
O sistema, com a correspondente autorização judicial e contrastado cientificamente, aplicava um primeiro filtro tecnológico e uma segunda verificação visual para estabelecer que a pessoa identificada tinha uma ordem de afastamento vigente do estabelecimento. Acto seguido notificava-o às Forças e Corpos de Segurança, responsáveis por fazer cumprir a medida em vigor.
Identificava-se a todos os clientes?
Segundo explicam desde a companhia, não se guardava nenhum tipo de informação do resto de pessoas, pois se eliminava em sua totalidade em 0,3 segundos, que é a duração de todo o processo --tempo similar a um pisco--, o que imposibilitaba a possibilidade de identificar às pessoas sobre as que não existia uma proibição judicial de acesso ao estabelecimento.
Para a implantação e posta em marcha desta medida, que perseguia reforçar a segurança tanto do pessoal da loja como dos clientes, Mercadona manteve um contacto estreito com as autoridades correspondentes. Assim mesmo, compartilhou com a Aepd todos os procedimentos de seu Sistema de Detecção Antecipada dantes de iniciar a prova.
Regulares de transparência
Ao mesmo tempo, a companhia afirma que se aplicaram "os mais estritos regulares de transparência" com campanhas de informação através dos meios de comunicação e por meio de cartelería nestes 48 supermercados. Ademais, em todos e a cada um dos casos dispôs sempre de autorização judicial prévia, sustentadas em mais de trinta e sete sentenças firmes com ordem de afastamento do estabelecimento em vigor que autorizavam o uso de dita tecnologia.
Mercadona, apesar de todo isso e ante a indefinición e as dúvidas legais existentes no procedimento sobre esta tecnologia, considera que "agora o mais responsável e rigoroso é dar por finalizada esta prova piloto".