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'Make Amazon Pay': estes são os motivos da maior greve no marketplace de Jeff Bezos
O gigante estadounidense enfrenta-se a um possível desemprego de numerosos empregados durante o Black Friday
"Amazon toma demasiado e devolve muito pouco. É hora de fazer que pague". Este é um dos reclamos da iniciativa Make Amazon Pay que estão a levar a cabo os empregados de Amazon face ao Black Friday 2023, uma iniciativa que pode ter um impacto directo na entrega dos pedidos.
"Um Black Friday mais, os empregados de Amazon vão à greve no que já se qualifica como o maior desemprego até a data", aponta o professor da OBS Business School e autor do relatório Black Friday 2023 Claudio Arós.
A greve de Amazon
De materializar-se dito desemprego, pode ter um impacto directo nas operações "porque limita o envio de pacotes e recebe uma ampla cobertura mediática", acrescenta o experiente.
No entanto, "é importante sublinhar que, até agora, Amazon tem sido capaz de capear as consequências das greves após vários anos de reivindicações", recorda Arós.
Capear o Black Friday
Assim mesmo, não há que esquecer que as greves que se dirigem ao sector varejista, por muito efectivas que sejam, "só podem ter um impacto limitado, já que Amazon pode compensar em grande parte qualquer perda relacionada com a greve com os benefícios de outras actividades operativas", opina o especialista.
De facto, as primeiras acções em Espanha iniciaram-se em 2018, quando os sindicatos CCOO e CGT fizeram um apelo aos empregados do FC San Fernando de Henares em diferentes dias, incluído o Black Friday. Segundo dados sindicais, aproximadamente o 70% dos empregados participaram no desemprego, e a greve coordenou-se pára que tivesse lugar ao mesmo tempo que acções similares no França, Alemanha e Itália, que já tinham realizado este tipo de protestos anos anteriores.
Os motivos
Desde então, "convocaram-se greves de forma recorrente com demandas de melhoras trabalhistas, como a redução da jornada, a revisão dos sistemas de análises de desempenho, o aumento dos salários e a melhora das condições de segurança trabalhista", aponta Arós.
Sem ir mais longe, no ano passado uma coalizão de sindicatos a nível internacional organizou mais de 135 greves e protestos em 35 países durante o Black Friday com a mesma iniciativa.
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