A saúde mental está a cobrar a cada vez mais importância no debate público. A raiz da pandemia do covid, os transtornos de saúde mental bem como o bem-estar psíquico, saltaram à palestra e começou-se a falar abertamente de um tema estigmatizado que tinha ficado completamente desatendido e que afecta ao 9% da população, segundo dados da Confederação Saúde Mental Espanha.
Por isso, são muitas as administrações que têm actualizar seus planos e orçamentos para melhorar a saúde mental de seus cidadãos. Nesta linha, o Conselho de Governo de Madri aprovou o passado dezembro o Plano Estratégico de Saúde Mental e Vícios 2022/2024. A iniciativa contempla um investimento a mais de 43 milhões de euros e a contratação de 370 profissionais especialistas em psiquiatría, psicologia clínica, enfermaria em saúde mental ou terapia ocupacional.
A Fundação Jiménez Díaz lidera os tempos do Grupo 3
Os dados de janeiro publicados pela Consejería de Previdência põem de manifesto que 22.464 pessoas se encontram em lista de espera para a primeira consulta na especialidad de psiquiatría em Madri com uma demora que se situa em torno dos 43 dias em media. A espera varia notoriamente segundo o centro eleito, passando de aguardar poucos dias a vários meses.
Nos hospitais de categoria 3, considerados de grande complexidade, conseguir cita com um psiquiatra pode ser questão de dias. É o caso da Fundação Jiménez Díaz cuja média para a primeira consulta com este especialista é de 0,41 dias. A falta de conhecer os dados do Clínico San Carlos, seguem-lhe no ranking de melhores tempos o Gregorio Marañón, com 21,63 dias em media, e o Ramón e Cajal, com 37,45 dias.
Consulta externa no Rei Juan Carlos em menos de dois dias
Mas não sempre é tão singelo; alguns de outros centros, como La Paz ou o 12 de Outubro, são os que acumulam mais pacientes em lista de espera, concretamente, 3.897 e 3.322 pessoas, respectivamente. Desta maneira, demora-las atingem, correspondentemente, 83,55 dias e 59,56 dias, segundo os dados de janeiro.
A espera para visitar ao psiquiatra pelo sistema público de saúde pode reduzir-se a menos de quatro dias em três hospitais em media complexidade da CAM. Trata-se do Rey Juan Carlos (1,66 dias); a Central Cruz Vermelha e San José e Santa Adela (2,83 dias); e o de Villalba (3,44 dias). Outros centros da mesma categoria situam sua demora por embaixo do mês, como ocorre no Hospital Universitário de Móstoles cuja média para a primeira consulta nesta especialidad é de 11,75 dias. Os tempos que brinda o Príncipe de Astúrias (16,59 dias) ou o Infanta Leonor (21,35 dias) também não ultrapassam as três semanas de espera. Isso sim, a cita com o médico da saúde mental pode demorar até três meses e é que no outro extremo da classificação se situam outros complexos hospitalarios como o Central da Defesa Gómez Ulla (com 88 dias) ou o Infanta Sofía (com 103,67 dias).
Hospitais de baixa complexidade
Finalmente, no caso dos hospitais de baixa complexidade ou Grupo 1 existe uma diferença a mais de dois meses entre os que oferecem cita com o especialista de psiquiatría mais rapidamente e os que demoram mais. Em outras palavras, é possível ter consulta em matéria de 17,62 dias se é no Infanta Cristina; 30,43 dias se tem lugar no Hospital do Escorial; ou 33,12 dias se leva-se a cabo no Infanta Elena. Cita-a com o psiquiatra prolonga-se para além de três meses se o centro adjudicado ou eleito é o do Sudeste (85,03 dias) ou o de Henares (94,4 dias).
Em definitiva, os dados de janeiro põem em evidência que pese a que a lista de pessoas pendentes de uma primeira cita com o psiquiatra é elevada, são vários os centros públicos que manejam os tempos com certa agilidad. O Plano de Saúde Mental e Vícios, já em funcionamento, continua a assistência nesta matéria nos três níveis asistenciales, SUMMA112, Atenção Primária e nos Hospitais públicos, convertendo à Comunidade de Madri na única região de Espanha que oferece Saúde Mental -psicólogos clínicos- em seu Serviço de Urgências e Emergências.