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Madri, à cabeça das capitais mais longevas do mundo

A região tem uma esperança de vida de 84,6 anos, mais que a média nacional ou que a de Japão, Suíça ou Singapura

Consumidor Global

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Segundo a Organização Mundial da saúde (OMS), Espanha é o quarto país com maior esperança de vida (83,06 anos), por trás de Japão, país mais longevo com uma média de esperança de vida de 84,4 anos, Suíça (83,8 anos) e Singapura (83,6 anos). Dentro de Espanha, a Comunidade de Madri situa-se como a região mais longeva, com uma média inclusive superior à do país asiático que sobe até os 84,6 anos. Seguem-lhe Navarra (84,3 anos) e Castilla e León (83,9 anos). Pelo contrário, apresentam os valores mais baixos Ceuta (78,2), Melilla (79,4) e Andaluzia (81,4).

Dentro de Espanha, o caso das mulheres os 85,83 anos e, no dos homens, os 80,24 anos. A esperança de vida tem aumentado nos países ocidentais nos últimos anos, em grande parte devido aos avanços médicos e tecnológicos, bem como o maior acesso aos serviços sanitários.

Desafios para os sistemas de saúde

Não obstante, o envejecimiento populacional supõe um desafio para os sistemas sanitários actuais, que devem situar aos pacientes, com um papel a cada vez mais activo e empoderado, no centro da tomada de decisões, com o objectivo de satisfazer suas necessidades em matéria de saúde e abordar com um novo enfoque a cronicidad através de sistemas interdisciplinares. Neste sentido, os experientes defendem a importância da transformação digital do sistema sanitário, a estratificación da população crónica e o reforço da atenção primária.

O enfermeiro de um hospital no que se reduziram as listas de espera / PEXELS

Para dar resposta às necessidades actuais de sua população, Madri indica que conta com o maior orçamento de sua história em previdência, 9.789 milhões de euros, o que supõe um incremento de 17% nos últimos quatro anos. Assim mesmo, o orçamento alocado a Atenção Primária nesta legislatura cresce um 19 % mais, até situar-se nos 2.446 milhões, o que supõe cerca do 25 % do orçamento sanitário da CAM, investindo em Atenção Primária "20 euros pela cada euro que investe o Governo nacional".

Investimento em centros sanitários 24 horas

Para dar resposta às particularidades de Madri, que além de contar com a população mais longeva, regista um volume de concentração de população que outras regiões não têm, a Atenção Primária madrilena apresenta uma série de particularidades, como "a ampla cobertura horária do serviço". Neste ano incrementar-se-á com a incorporação de 80 novos centros sanitários 24 horas que reforçarão aos 430 centros de saúde que há na CAM, pelo que, em base a estes dados, os madrilenos têm, em media, um centro sanitário a menos de 15 minutos de seu lar.

A nível de infra-estruturas, sua rede hospitalaria conta com 35 centros públicos que são um referente a nível nacional e internacional, segundo o Monitor de Reputação Sanitária (MRS), estudo que assinala 6 dos 10 melhores hospitais públicos de Espanha pertencem à Comunidade de Madri, concretamente os hospitais universitários La Paz, Gregorio Marañón, 12 de Outubro, Ramón e Cajal, Fundação Jiménez Díaz e Clínico San Carlos, bem como 7 dos 10 melhores hospitais privados também estão em Madri.

Hospital Universitário de La Paz / EUROPA PRESS - JESÚS HELLÍN

Centros de alta complexidade

A CAM, junto com Cataluña, é a região com o maior número de unidades de referência em Espanha: 88 ao todo, nas que se atendeu durante 2021 a 31.194 pacientes de toda Espanha no tratamento de patologias complexas. Para isso, conta com oito centros de titularidade pública de alta complexidade que contam com a infra-estrutura, tecnologia e especialistas necessários para oferecer à população um serviço de saúde conforme a atender as doenças mais complexas: Ramón e Cajal, La Paz, San Carlos, Gregorio Marañón, 12 de Outubro, Porta de Ferro de Majadahonda, A Princesa e a Fundação Jiménez Díaz.

Em matéria de digitalização, seus dirigentes indicam que tem avançado para melhorar a atenção aos cidadãos, se somando à crescente necessidade de implementação digital que se estende a nível mundial e que está a permitir aplicar processos tecnológicos como o 'big data' e a inteligência artificial (IA) para a detecção e tratamento de doenças , bem como para aumentar o controle sobre a informação médica dos pacientes ou atender aos pacientes por via telemática. Em 2021 realizaram-se em Madri mais de 89.000 e-consultas e os pacientes atendidos por telemedicina superaram os 164.000, situando a esta região à cabeça da assistência telemática do país, com um 13,5 % do total de actuações a nível nacional, sendo a Fundação Jiménez Díaz o centro com maior número de e consultas e pacientes atendidos telemáticamente.