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Já não terás que sacar os líquidos nem os portáteis nos controles dos aeroportos
Aena implantará novos escáneres com raios X em 3D que permitem inspeccionar as bagagens sem os abrir
Os passageiros que transitem pelos aeroportos espanhóis já não terão que sacar líquidos e portáteis de sua bagagem nos controles. Aena tem previsto implantar novos escáneres com raios X em 3D que permitirão inspeccionar as bagagens sem os abrir, e os pioneiros em implementar este sistema serão Madri-Baralhas e Barcelona-O Prat.
A tecnologia conhece-se como EDSCB (Explosive Detection System for Cabin Baggage), e, apesar de que em Espanha não é obrigatória, Aena tem reconhecido que fará um investimento importante pela instalar. O objectivo é poupar tempo ao viajante sem perder segurança, que não terão que deixar estes objetos em bandejas separadas.
Tecnologia de vanguardia
"A segurança é prioritária para Aena, que aposta pelas últimas tecnologias para se colocar à vanguardia dos aeroportos mais seguros", asseguram desde a entidade. Actualmente, os líquidos, perfumes, cremes, aerosoles, espumas, geles, champô e massa de dentes tinham que ir em embalagens individuais de capacidade não superior a 100 mililitros, contidos a sua vez numa carteira de plástico transparente com sistema de abertura/feche e de capacidade não superior a 1 litro.
Com o novo regulamento, os viajantes poderão portar botes de aseo como colónias, cremes ou maquillajes de tamanho meio ou familiar, tal e como adianta O País. Até agora, as únicas bebidas, produtos de cosmética e perfumes permitidos eram aqueles que se compram no aeroporto em carteiras de segurança homologadas e precintadas, e que contenham o recebo da compra.
Ensaios internacionais
Os escáneres que utilizam esta tecnologia já se estão a provar nos aeroportos londrinos de Heathrow , Gatwick e Stansted, e o governo do Reino Unido tem anunciado que mudará as normas de segurança para que estejam operativos em 2024. Também se provaram em 15 aeroportos estadounidenses.
Em Europa, a Comissão Européia tem pedido que se suavizem as restrições impostas depois dos atentados das Torres Gémeas de Nova York o 11 de março de 2001. De facto, o controle de líquidos implementou-se em 2006 a raiz de um atentado terrorista frustrado planeado pela o Qaeda contra sete aviões que descolavam de Heathrow.
Investimento a mais de 1.000 milhões
Numa década (2018-2028), Aena terá investido 1.170 milhões de euros em segurança física, com a renovação das equipas de inspecção de bagagem em adega e dos filtros de segurança. Com tudo, a entidade assegura que os regulares de segurança são os mesmos em todos os aeroportos da rede, "já sejam grandes ou pequenos".
Também terá novas linhas automatizadas para a gestão da bagagem de mão (ATRS) e um sistema de inspecção remota. Aena explica que este sistema permitiria "separar as malas suspeitas das que não o são, e a gestão e volta de bandejas de forma automática, sem que o passageiro tenha que se preocupar delas".
Implementação progressiva
A ideia é que, depois de Madri-Baralhas e Barcelona-O Prat, no ano 2025 estes sistemas se instalem nos aeroportos de Palma de Mallorca e Málaga-Costa do Sol; e no ano 2026 em Grande Canaria, Tenerife Sur, César Manrique Lanzarote, Fuerteventura, Alicante-Elche Miguel Hernández, Ibiza, Valencia, Bilbao e Menorca.
Quanto à renovação das equipas de inspecção de bagagem em adega e dos filtros de segurança, suporão a aquisição de 261 equipas, bem como as obras necessárias para sua integração.
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