O Índice de Preços de Consumo (IPC) diminuiu seis décimas em setembro com relação ao mês anterior e recortou inesperadamente sua taxa interanual 1,5 pontos, até o 9 %. Deste modo, baixa dos dois dígitos após encadear três meses consecutivos acima do 10 %, segundo os dados avançados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O dado de setembro, que deverá ser confirmado em meados de outubro, é 1,8 pontos inferior ao bico atingido no passado mês de julho, quando o IPC se situou no 10,8 %, seu nível mais alto desde setembro de 1984. Com esta moderación de 1,5 pontos, a inflação soma dois meses consecutivos de descensos em sua taxa interanual.
Baixa a inflação subjacente depois de catorze meses de subidas
Segundo o INE, a moderación do IPC interanual até o 9% deve-se, principalmente, à baixada dos preços da electricidade e, em menor medida, ao abaratamiento dos combustíveis e do transporte. Em termos mensais (setembro sobre agosto), o IPC registou um descenso de seis décimas, seu maior retrocesso mensal desde julho de 2021.
Assim mesmo, a inflação subjacente (que não tem em conta alimentos não elaborados nem produtos energéticos) diminuiu em setembro duas décimas, até o 6,2%, se situando quase três pontos por embaixo do IPC general. É o primeiro descenso que regista a inflação subjacente depois de catorze meses consecutivos de ascensões. Por outra parte, em setembro o Índice de Preços de Consumo Harmonizado (IPCA) situou sua taxa interanual no 9,3%, mais de um ponto por embaixo da registada no mês anterior.