O Índice de Preços de Consumo (IPC) aumentou um 0,2 % em setembro em relação com o mês anterior e elevou nove décimas sua taxa interanual, até o 3,5 %. O alça deve-se, principalmente, à subida dos preços da electricidade e dos combustíveis para veículos pessoais. O preço dos alimentos, por sua vez, segue disparado: manteve seu crescimento interanual no 10,5 % e encadeia 18 meses subindo a taxas de dois dígitos.
Com estes dados, a inflação encadeia três meses consecutivos de ascensões após que em julho e agosto subisse quatro e três décimas, respectivamente. Desta forma, a taxa interanual do IPC voltou a superar em setembro o 3 % depois de três meses por embaixo desta cota e situa-se em seu nível mais elevado desde o passado mês de abril. Não se registava um avanço tão elevado da taxa interanual desde junho de 2022.
Inflação em toda Europa
O Ministério de Assuntos Económicos tem sublinhado num comunicado que o incremento da inflação geral em setembro se deve ao efeito baseie dos preços da electricidade e os combustíveis. "Espanha leva mais de um ano entre os países com menor inflação e maior crescimento de toda a zona euro", têm realçar.
Por outra parte, Estatística destaca que os preços dos pacotes turísticos baixaram em setembro mais que no mesmo mês de 2022, ao mesmo tempo em que os preços do vestido e o calçado subiram menos que um ano dantes com a entrada da nova temporada outono-inverno.
Inflação subjacente
A inflação subjacente (sem alimentos não elaborados nem produtos energéticos) baixou três décimas em setembro, até o 5,8%, se situando 2,3 pontos acima do IPC geral. O Ministério de Assuntos Económicos tem destacado que esta taxa do 5,8 % é a menor desde junho de 2022.
No caso dos preços dos alimentos e as bebidas não alcohólicas, sua taxa interanual se manteve sem mudanças em setembro ao mostrar um repunte de 10,5%, o mesmo que em agosto.
O azeite de oliva, disparado
Em taxa interanual (setembro de 2023 sobre o mesmo mês de 2022), os alimentos que mais têm subido de preço são o azeite de oliva (um espectacular +67 %); o açúcar (+40,5 %); as batatas (+20,5 %); o arroz (+18,5 %) e os produtos de confitería (+18,2 %).
O azeite de oliva tem-se encarecido um 10,1 % em setembro deste ano com respeito ao mês de agosto e seu preço multiplicou-se por mais de dois desde março de 2021, com um alça de 136,6%. Outros alimentos com subidas interanuais de dois dígitos são os zumos de frutas e vegetais (+16,5%); a carne de porcino (+14,4%), os cereais de café da manhã (+14,1%); o leite inteiro (+13%); ou os ovos (+11,5%).
O butano, mais barato que faz um ano
Em frente aos alimentos, que lideraram as subidas interanuais de preços, o que mais se abarató no nono mês do ano em relação com setembro de 2022 foi a electricidade (-38,3 %); outros azeites (-32,7 %); o butano e o propano (-32,9 %); o gás natural (-23,3 %) e o transporte combinado de passageiros (-15,4%).
Sem ter em conta a rebaja do imposto especial sobre a electricidade e as variações sobre outros impostos, o IPC interanual atingiu em setembro o 3,9%, quatro décimas acima da taxa geral de 3,5%. Assim o reflete o IPC a impostos constantes que o INE também publica no marco desta estatística.
Os alimentos se encarecen um 0,5 % num mês
Em termos mensais (setembro sobre agosto), o IPC registou um aumento do 0,2 %, menos três décimas do que subiu no mês anterior. Com este repunte, a inflação encadeia quatro meses consecutivos de alças mensais. Em general, os alimentos repuntaron um 0,5 % pelo encarecimiento de azeites e gorduras num 8,2 % e dos legumes e hortaliças num 3,1 %.
Sobem também as prendas de vestir e do calçado num 2,8 % e um 1,9 %, respectivamente, e o repunte dos combustíveis líquidos é de 7,1%. O que mais subiu de preço no mês de setembro com respeito ao mês anterior foi o azeite de oliva (+10,1%) e os combustíveis líquidos (+7,1%), enquanto o que mais se abarató foram os pacotes turísticos (-22,1%).
O IPC interanual sobe em toda Espanha
A taxa anual do IPC subiu no mês de setembro em todas as comunidades autónomas, especialmente em Extremadura (+1,3 pontos); Castilla-A Mancha (+1,1 pontos) e Galiza e A Rioja, ambas com alças de um ponto.
Por sua vez, os repuntes mais moderados na taxa interanual registaram-nos as comunidades de Navarra e Astúrias, com um incremento de seis décimas a cada uma. Ao finalizar setembro, só uma comunidade apresentava uma taxa interanual de IPC inferior ao 3 %: Aragón, com um 2,9 %.