A taxa interanual do índice de preços ao consumo (IPC) tem subido uma décima em janeiro, até o 5,8 %, depois da retirada da bonificación geral ao preço dos combustíveis e pese à baixada do IVA de alguns alimentos.
Segundo o dado adiantado nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a inflação subjacente, sem alimentos não elaborados nem produtos energéticos, tem escalado médio ponto até o 7,5 %, a cifra mais elevada desde dezembro de 1986.
Rompe 5 meses de moderación
O repunte da taxa anual de inflação de janeiro rompe cinco meses de moderación na evolução da subida dos preços depois do bico do 10,8 % atingido em julho. O INE vincula esta subida da inflação em janeiro ao alça dos combustíveis, superior à de janeiro de 2022, e a que o descenso dos preços do vestido e o calçado tem sido menor que no ano passado.
Em frente a isto, destaca a baixada dos preços da electricidade, maior que em janeiro de 2022. Neste IPC, explica o INE, incorporam-se pela primeira vez os mercados livres do gás e a electricidade, ampliando assim a cobertura destes serviços.
A taxa interanual
Assim mesmo, começa a usar-se como fonte principal na estrutura das ponderações, isto é o peso da cada produto ou serviço no cálculo do IPC, a Contabilidade Nacional em lugar da Encuesta de Orçamentos Familiares como até agora.
Desde o Ministério de Assuntos Económicos têm valorizado que a taxa interanual tem subido tão só uma décima, apesar dessa retirada da bonificación geral do preço dos combustíveis, e que se mantém em seu nível mais baixo desde novembro de 2021.
A inflação subjacente
Quanto à inflação subjacente, o Governo espera que atinja o máximo no primeiro trimestre e "siga a senda descendente da inflação geral e os custos energéticos e de outras matérias primas".
O 31 de dezembro acabou o desconto obrigatório de 20 céntimos por litro de combustível -gasolina e gasóleo- para todos os consumidores e que agora só se aplica para os transportadores por estrada
IVA nos alimentos
E desde o 1 de janeiro começou aplicar a eliminação do IVA nos alimentos de primeira necessidade e a rebaja à metade, do 10 % ao 5 %, nos azeites e a massa.
Em taxa anual, os preços de consumo caem um 0,3 % com respeito ao mês de dezembro.
Quanto ao índice de preços de consumo harmonizado (IPCA) a taxa de variação anual estimada foi também do 5,8 %, três décimas superior à registada no mês anterior. Por sua vez, a variação mensal estimada do IPCA é um descenso do 0,5 %. O dado definitivo de janeiro conhecer-se-á o próximo 15 de fevereiro.